quinta-feira, 13 de agosto de 2009

São Marcos?

Ma per favore!
Tudo bem, o goleiro Marcos faz a gente ficar incrédulo com MUITAS defesas. Porém, antes de ser um “Santo”, ele treina, pega firme nos treinos e já demonstrou a qualidade que tem. Bom, sobre o Marcos não preciso ficar tecendo excessivos comentários. A história dele como atleta o faz.
Mas sabe o que me deixa exaltado – para não dizer irritado – ? Que depois de um jogão, JOGAÇO!, como o de ontem, entre Atlético-MG e Palmeiras, os jornais prefiram manchetes como: “São Marcos novamente”, “São Marcos pega pênalti e SALVA (?) Palmeiras” etc. Eu sei que tais títulos são feitos para a venda, já que o arqueiro do alviverde tem carisma. E não só dos “tifosi” (torcedores) palmeirenses.
Quer saber de uma coisa? O Palmeiras, ontem, ENGOLIU o Galo! Sim, o time mineiro saiu na frente, teve a chance de fazer o segundo em um pênalti e criou oportunidades – à lá Roth (contra-ataques). Mas pegue a partida no todo. Analise. Não me venha com essa de que o time palestrino pressionou, mas quem teve as melhores chances foi o Atlético. Não, não e não.

Olha, o time mineiro merece todo o respeito, mas o Palmerias foi mais time e foi mais time (desculpem a repetição de palavras. Ela é proposital) por causa de um fator que há muito tempo não via pelos lados do Palestra: organização. Sim, foi ordenado. Metódico. Não de um modo frio e tocando a bola de lado.
Mostrou, além da organização, ímpeto somado à inteligência. Tomou um gol logo no início. Não se abateu e demonstrou que pode, SIM, ser campeão. É cedo para afirmar isso? Há ainda todo um segundo turno pela frente? Muita água passará por debaixo da ponte? O futebol é uma caixinha de supresa? Sim, sim, sim e sim.
Porém, é visível na postura da equipe “la voglia di vincere” (a vontade de vencer).

Por isso que escrevi no parágrafo acima que fico irritado com as manchetes. Poxa, foi um jogão, o resultado foi justo sim, mas se alguém tivesse de sair vencedor, este alguém, ou, melhor, esta equipe seria, sem dúvida, o Palmeiras. A manchete para mim? “Atlético e Palmeiras empatam em um JOGAÇO”.

Terça-feira escrevi que o Palmeiras venceria e que o jogo seria definido pelas alas. Laterais, como queiram. Moralmente, não errei o palpite. E os principais lances, tanto do Atlético-MG como do Palmeiras, aconteceram naquele setor. Essa é a minha visão, lógico.

E a seleção da CBF? Alguém viu o amistoso contra a Estônia? Bom, eu assisti. Madonna mia! O joguinho “sevigonhâ”!
Para (do verbo parar), né, gente. Uma palavra para definir o encontro? Pífio.
1 a 0 para o selecionado da CBF. Sinceramente, o Brasil, o futebol brasileiro, não precisa mais desse tipo de amistoso.
Dia cinco de setembro é contra a Argentina, pelas eliminatórias para a Copa. E o confronto é lá.

Vídeo e tradução de hoje.
Canção de Ligabue que tem o título “Una vita da mediano”, isto é, “A vida de um volante (jogador de meio-de-campo – por isso o termo mediano)”. A música é uma metáfora, usada no sentido do futebol, mas que pode ser transferida ao dia-a-dia de muitos.

A vida de um volante
(Una vita da mediano – Ligaube)

(
www.youtube.com/watch?v=p_3KRa1I_DE)

A vida de um volante
Recuperando as bolas
Nascido sem talento
Trabalhar com os pulmões
A vida de um volante
Com funções específicas
A cobrir certas zonas
E jogar com generosidade
Ali
Sempre ali
Ali no meio
Até que quando puder estar ali.

A vida de um volante
É de quem assinala sempre pouco
Que a bola deve dar
A quem finaliza o jogo
A vida de um volante
Que qualidade não te deu
Nem a agilidade do ponta
Nem do 10 que pecado
Ali
Sempre ali
Ali no meio
Até quando puder estar ali.

Está ali
Sempre ali
Ali no meio
Até quando puder
Até quando puder
Está ali.

A vida de um volante
É de quem se esforça cedo
Porque quando se dedica demais
Precisa ir e ficar de guarda.

A vida de um volante
Trabalhando como Oriali
Anos de esforço e pancadas e
Vença, talvez, os mundiais.

Ali
Sempre ali
Ali no meio
Até quando puder estar ali
Está ali
Sempre ali
Ali no meio
Até quando puder
Até quando puder
Está ali.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

46

- Boa tarde.
- Boa tarde.
- Por favor, gostaria de experimentar aquele ali e aquele outro.
- Qual? O branco com listra azul?
- Isso. E aquele logo acima.
- Pois não.
- Qual a forma de pagamento de vocês?
- Ah, a gente faz no cartão em até sete vezes sem juros e no cartão da loja em até dez.
- Não tem mais um chorinho?
- Não, senhor.
- Ok.
- Mas qualquer coisa podemos falar com o gerente.
- Ah, sim, agradeço.
- Então, senhor, é aquele branco de listra azul e o que está acima dele, correto?
- Exato!
- Qual o número, senhor?
- 46.

Bom, deixa eu parar. Mas quem tem o pé um pouco maior do que o normal já deve saber o final desse diálogo. E quem não tem – sorte a tua!
Por quê?
Porque dificilmente você encontraria calçados acima do número 44 com facilidade.
Esse diálogo descrito acima foi o primeiro que tive com um vendedor aqui em Florianópolis. Cheguei na maior fé, achando que acabariam meus problemas para encontrar um tênis do meu número já que na cidade há várias pessoas altas e que, certamente, passam pelo mesmo.
Em outras palavras: há mercado.
Porém, quando falei o número, o vendedor só não começou a rir na minha cara por educação – mas aquele sorriso de cantinho de boca ele fez. Maledetto!
Tomara que teu filho venha ao mundo com o pé de número 50! desejei naquele momento.
Pow, que culpa temos nós, pés grandes!? Não somos consumidores e gente como qualquer outra pessoa?
Continuação da conversa:

- 46, senhor?
- Sim, 46.
- Pausa do vendedor com aquele sorriso no cantinho da boca.
- Olha, senhor, eu vou dar uma olhada lá em cima, mas creio que não ter esse número.
- Pois não, eu aguardo (me lembrando das dificuldade que já tive para encontrar um).
- Senhor, realmente, não tenho. O maior que possuo é o 44.
- Hum... Ok. Você sabe de alguma loja que possa ter numeração maior?
- Dê uma passadinha na loja XXXXXXXX. Lá deve ter.
- Ok, muito obrigado e boa tarde.
- Boa tarde, senhor.

Você acha que encontrei nesse outro local? N-Ã-O! A conversa não foi a mesma. Mudei de tática. Fui logo perguntando se tinham o número 46. E me devolveram na lata: NÃO!
Fui embora, lógico.
Andei, andei, andei e andei. Só 44 e 44.
Quando encontrei um, por incrível que pareça, era 48! Sem condições.
Lembrei de todas as andanças anteriores para encontrar um tênis. Sempre a mesma novela.
No final das contas, encontrei um 46. Paguei um preço bem salgado, mas não tinha saída. Era aquele ou nada.
E antes que você me pergunte: 45 também não serve.
É, se você tem pé grande – isso na visão das lojas e fábricas – você está de certa forma fora de uma realidade comercial deles. Paciência.

Bene, bene. Amanhã jogo do Palestra contra o Atlético-MG. Posso usar um jargão? Aliás. Um não. Dois.
Vai ganhar quem errar menos e a equipe que souber aproveitar os erros do adversário. Blá, blá, blá. Dá na mesma, né? Vamos para uma coisa mais clara.
O jogo pelas laterais vai decidir o confronto.
E há também a partida entre a Seleção da CBF e a Estônia.
Sim, E-S-T-Ô-N-I-A. Fica perto da Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia.
Lá vai o aviãozinho caça-níquel da CBF...
Palpites: Palmeiras e, mais do que óbvio, Brasil.

L’amore e basta é a tradução de hoje.
É da cantora Giusy Ferreri com a participação de Tiziano Ferro.

Amor e basta
(L’amore e basta - Giusy Ferreri e Tiziano Ferro)

(
www.youtube.com/watch?v=ICKDeVz2BR4)

Não quero ser uma rebelde
Não quero convencer a todos
Que cresci mais
Nos últimos meses do que nos últimos anos.

Não quero ser obrigada a olhar para o céu
Para depois sentir uma parte dele
Não quero nem estrelas nem quem
Para ser estrela se resguarda.

E a minha história só eu sei
E junto de quem me amou de verdade
E que junto a mim preparou
A minha bagagem e me olhou
Dizendo você vai, não se sinta sozinha
Que estarei sempre contigo
E se quiser se sinta cansada
Você merece, às vezes, meu amor.

E cada resposta só eu sei
E não mudarei com o tempo que passa
E enquanto me perdo pensando no
Amor e basta.

E isso me lembra quem sou eu
E desafio a vida sempre com a cabeça baixa
Porque para mim conta só
Amor e basta.

Mudo?

Talvéz...

Bela?

Sempre.

Não
Bela para você
Que te vejo já belo eu
Que me sinto morrer.

Mesmo se me feche as portas.

Às vezes.

Mesmo se estou sozinha e longe.

Às vezes.

Que quando estou no hotel
Sou menos minha e mais da sorte.

E escreverei uma carta terrível
Mas se leverá dentro uma cruz
Não a conserve em silêncio na alma amor
Grite.

E cada resposta só eu sei
E não mudarei com o tempo que passa
E enquanto me perdo pensando no
Amor e basta.

E isso me lembra quem sou eu
E desafio a vida sempre com a cabeça baixa
Porque para mim conta só
Amor e basta.

E cada lembrança só eu sei
E para mim você não é o primeiro que passa
Porque para mim você é só o meu
Amor e basta.

E os meus erros só eu os conheço
Mesmo se ainda um traço fique
Em frente a todos para ti sou o teu
Amor e basta.

Roubo palavras das pessoas
Grito palavras à toa
Mas não deixe que a minha vida para você
Torne-se um peso.

E cada resposta só eu sei
E não mudarei com o tempo que passa
E enquanto me perdo pensando no
Amor e basta.

E isso me lembra quem sou eu
E desafio a vida sempre com a cabeça baixa
Porque para mim conta só
Amor e basta.

E cada lembrança só eu sei
E para mim você não é o primeiro que passa
Porque para mim você é só o meu
Amor e basta.

E os meus erros só eu os conheço
Mesmo se ainda um traço fique
Em frente a todos para ti sou o teu
Amor e basta.

sábado, 1 de agosto de 2009

Finizio

Ciao!

Passo rapidinho pelo blog para deixar mais uma tradução e um vídeo.
Sempre me esqueço de dizer que as traduções das músicas são livres, o que faz com que eu me não faça a literal. Procuro, sim, conservar (quando possível) o jogo de palavras criado pelo compositor na original.

Creio que poucos conheçam, aqui, no Brasil Gigi Finizio.
Então eis uma bela canção do cantor Napoletano.

Amor amargo.
(Amore amaro - Gigi Finizio)

(
www.youtube.com/watch?v=2QMW7LOcTf0)

As mãos
Tudo se inicia sempre com as mãos
E você ainda não lhe disse que a ama
Mesmo que ela saiba
E depois, você vive só se ela também vive
Torna-se tudo aquilo que você não é
Torna-se como ela te quer
Mas não te basta nunca, nunca.

Amor, amor, amor amargo, meu amor
Amor que poderá parar só Deus
Mas este amor sem céu voará
Nas tuas mãos
Amor sem amor, amor que não tenho
Amor que não vencerá se você não quiser
Grande amor fechado dentro de uma mentira
Sem amanhã, amanhã, amanhã
O que será amanhã?

Se para nós dois não haverá amanhã
Recomeçarei a minha vida de sempre
Mas sem você eu não teria mais nada
Mais nada, nada
Amor, amor, amor amargo, meu amor
Amor que poderá parar só Deus
Mas este amor sem céu voará
Nas tuas mãos
Amor sem amor, amor que não tenho
Amor que não vencerá se você não quiser
Grande amor fechado dentro de uma mentira
Sem amanhã, amanhã
Amor, amor, amor amargo, meu amor
Amor estranho, amor maluco, amor
Sem amanhã, amanhã.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Um pouco

Correria essa semana e, consequetemente, falta de tempo para escrever.
Bom, mas hoje arrumei uma brecha para deixar algo registrado no espaço e, já que ele existe, e justo utilizá-lo. Mesmo que seja para redigir inutilidades. Ainda assim vai do ponto de vista de cada um, pois o que pode não ser útil a mim, será a alguém. Essa história do ponto de vista, não reclame comigo. Queixe-se com o Ferdinand de Saussure.

Vamos lá. Primeira coisa: cidadania italiana via materna. Recebi por e-mail uma boa notícia, se eu compreendi bem, a respeito do tema.
Seguinte: é a Lei que não permite a filhos de mulher italiana, casado com estrangeiros, o reconhecimento do status de italiano.

A “Corte di Cassazione” – o supremo órgão de justiça que controla a exata aplicação da Lei por parte de outros juízes e se pronuncia sobre recursos apresentados contra as suas sentenças – diz que os filhos poderão ter, sim, o reconhecimento da cidadania. Resta esperar e acompanhar, pois de acordo com o “Ministero dell’Interno e degli affari steri” está em andamento um estudo para definir os procedimentos administrativos para colocar em prática a sentença favorável da “Corte di Cassazione”.

Para quem quiser conferir o texto, eis o link: www.italiannetwork.it/news.aspx?ln=it&id=12496
É o parágrafo de número um.

E il calcio? Falemos sobre futebol, claro! Uma rápida pincelada.
Lógico que do Palmeiras que, com a derrota do Atlético-MG para o Flamengo por 3 a 1, é líder isolado do Brasileirão. Também destaco o Leão da Ilha. Não. Não estou me referindo ao Sport. Falo do Avaí. Simplesmente fantástica a arrancada do time!
Cinco vitórias seguidas e a última, a de ontem, por goleada contra os baianos do Vitória. 4 a 0. O quarto tento foi uma pintura.
Tu sabes que aqui na Ilha de Santa Catarina já adicionaram ao dicionário de sinônimos mais um à palavra inacreditável? Não? Pois é. Agora Avaí também tem esse significado.
Parabéns ao Silas, jogadores e aos torcedores “azurra”.
Viva o futebol e, como dizia Gramsci: “O futebol é o reino da liberdade humana exercida ao ar livre”.
Será que Antonio era torcedor do Cagliari? Hum... talvez.

Vídeo e texto de hoje.
Deixo outra canção do CD novo de Marco Masini.
Un buon fine settimana a tutti.

Um pouco
(Un po’ – Marco Masini – L’Italia e le altre storie)

(
www.youtube.com/watch?v=DJ_0R7MVBfw)

Um pouco de nós para crer
Que amar seja possível
Um pouco daquilo que mereço
E que você também merece
Um pouco de dias leves
E um outro pouco agitados
Porque seria estúpido
Pretender mais
Um pouco de pão
E de café
Um pouco de esporte para tirar
As rugas da idade
Alguma fotografia
Entre as lembranças que não tenho
Para tocar no fundo
Mas também o céu ao menos um pouco.

Um pouco de blues para chorar
A nossa solidão
Alguns bares nas esquinas
Para se reanimar
Um pouco de confusão n’alma
E um Deus que um pouco nos ilumina
Porque entre guerras inúteis
Mostra-se um pouco de azul.

Um pouco de ar
De Chernobyl
Para estar ou não estar
Em nosso DNA
Alguma meia mentira
Se se entender não se pode
Para tocar no fundo
Mas também o céu ao menos um pouco
Para tocar no fundo
Mas também o céu ao menos um pouco.

Porque seria inútil
Pretender mais
Este amor que há
Entre nós ou talvez não
Para tocar no fundo
Mas também o céu ao menos um pouco
Para tocar no fundo
Mas também o céu ao menos um pouco.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Rapidinhas

Segunda-feira, mais uma semana que começa – a última do mês de Julho. É, logo estamos em agosto, setembro e, quando vemos, já é Natal outra vez. Hoje terminei de ler o livro que mencionara na semana passada “Italianos no Novo Mundo” e volto a recomendar.

Final de semana tranquilo, mas confesso que ontem, domingo, quis esganar o árbitro e os bandeirinhas do jogo final da Liga Mundial de Vôlei entre Brasil x Servia. Porca miseria! Parecia um complô. A bola batia dentro e os bandeirinhas davam fora. E não foi um vez. Foram umas nove, pelas minhas contas.Mas a do árbitro foi a pior e ainda ficou feio para ele. Milinkovic, o craque da seleção da Servia, sobe e ataca. O bloqueio brasileiro funciona, a bola volta, TOCA nas costas do Milinkovic e vai para fora – tudo isso NA CARA do árbitro. E o senhor árbitro tem a CARA DE PAU de dar o ponto para a Servia! Foi na frente dele! Impossível não ter visto a bola batendo nas costas do Milinkovic! Depois dos protestos do Bernardinho, jogadores e comissão técnica, o árbitro foi chamado pela mesa e disseram a ele o que acontecera. O holandês, desculpem a expressão, ficou com uma cara de bunda, mas teve de dar o ponto ao Brasil. Bom, o final todos já sabemos. Oitavo título do Brasil, igualando a Itália.

E o Palmeiras? Mamma mia! Coisa linda, Palestra! Aliás, Obina, hai fatto un capolavoro, ragazzo! Sei stato Grande!

F1 – Torcer para que o Massa se recupere e espero que os piadistas de plantão não comecem a avacalhar com o Barrichello, já que a mola, que atingiu o Felipe, se soltou do carro da Brow.

Vídeo e tradução de hoje:

Como é bela a vida
(Com’è bella la vita – Marco Masini – Album L’Italia e le altre storie)

(www.youtube.com/watch?v=TEeeNkUrZkE)

Há uma estrada, sabe, esburacada e ragu
como é bela a vida
Olho para cima e o céu é uma faixa de azul
Levemente descolorida
E pedalo e pedalo e não caio porque
Tenho as mãos de seda
Me sustenta mamãe que está orgulhosa de mim
É sim, como é bela a vida.

Início de espinhas e bigodes
E uma voz encorpada
Carros e cigarros
Mas como é bela a vida
(é aquela borboleta)
como é bela a vida
(voa, mas não fala).

Mesmo assim amor, meu amor
É uma coisa do nada
Uma breve historinha
É uma estrela pequenina, pequenina, pequeno oh oh
Amor, mas como é bela porém
(eis é aquela borboleta)
como é bela a vida
(voa, mas não fala)
É sim.

Há uma casa entre as árvores e a ferrovia
Mas como é grande a vida
E a cadeira do papai que agora é a minha
como é triste a vida
Mas é você a golpear o meu coração por fora
E uma filha nervosa
Que desde que nos deixamos não me fala mais
Como é amarga a vida
(é aquela borboleta)
como é amarga a vida
(voa, mas não fala).

E então amor, meu amor
É uma coisa do nada
uma absurda historinha
É uma estrela pequenina, pequenina, pequeno oh oh
Amor, mas como é bela porém
(meu amor)
Amor, mas como é bela.

Há uma luz no fim do túnel e talvez lá embaixo
que se encontra a saída
Mas alguém me aperta a mão e me chama
É você
Recomeça a vida.

Como é bela a vida
(eis é aquela borboleta)
como é bela a vida
(voa, mas não fala)
É sim,como é bela a vida.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Buon fine settimana

Mamma mia, o friozinho continua pelas bandas de cá.
O sol até deu as caras (se é que ele tem uma), mas nada de esquentar muito.
Bom, mas a parte esse tempinho bom para ficar em casa, quando possível, e tomar um sopa de legumes e um vinho, estou passando por aqui para deixar um desejo de bom final de semana a todos e, claro, mais um link de um vídeo e a tradução de uma música italiana.
Eu, particularmente, gosto muito dessa.

Ci parliamo lunedì.

Hoje sou eu.
(Oggi sono io - Alex Britti)


(www.youtube.com/watch?v=d0vr-PeGtQk)

E não sei porque o que quero te dizer escrevo em uma canção
Não sei nem mesmo se você vai escutar ou se será uma outra ilusão
Se as palavras fossem uma música, poderia tocar horas e horas e te dizer tudo sobre mim
Mas quando eu te vejo há alguma coisa me trava e não consigo nem te dizer: “como está?”
“Como você fica linda com aquela calça escura, como está linda hoje!”

Como não queria dizer aquelas frases já repetidas mil vezes e estragar tudo
Como queria poder falar sem me preocupar, sem aquela sensação que não me deixa dizer
“Que gosto de você”, mesmo que não tenha dito.
Porque é errado fazer, só para te levar para a cama
E não ligo se precisarei esperar ainda só para te dizer finalmente uma palavra
Mas será mais doce do que posso. Como o mar. Como o amor. Finalmente tomo coragem.

E assim nesta noite que já termina e não sei ainda como você se sente
Não sei também se vou te ver novamente ou se será uma outra inútil ocasião
E amanhã te vejo novamente
Gosto tanto de você, nem se não te disse, porque é errado fazer só para te levar para a cama.
Não me importa se ainda não aconteceu. Vou esperar o momento e não será só uma vez.

Mas espero mais do que posso e que não seja só sexo
Porque prefiro ficar aqui sozinho, do que com uma companhia de mentira
E se de verdade voarei, espero que seja por um amor verdadeiro
E não sei se será você ou talvez você seja só uma ilusão
Mas está noite acordo, penso em ti e escrevo uma canção
Doce como o mar, como o amor e desta vez tomo coragem e me apresento
Hoje sou eu.

Parecia europa

Juro que ontem pensei estar na europa novamente, andando pelo centro de Florianópolis.
Sim, existem prédios antigos e ruas as quais lembram o velho continente, mas não foi essa a razão.
Imagine a cena: chuva, vento gelado “cortando” a pele, poças d’água e os relógios do calçadão assinalando DEZ GRAUS!
Sem contar que a “brisa” ajuda a abaixar a temperatura.
Olha, posso estar errado, mas a sensação térmica era de, no máximo, seis graus.
Pow, Guaita, tu reclamas, hein! Eu? Queixando-me? Ma va...
É só um comentário de como fazia um friozinho considerável na capital de Santa Catarina.

Falando de futebol.
O Palestra perdeu para doze.
“Ciccio”, o senhor Roman inventou um pênalti para o Goiás, que pela madrugada!
Com relação ao segundo gol, sobre um possível impedimento, não questiono. Um lance difícil.
Porém, não foi pênalti e ponto!
Ainda sobre o alviverde. Muricy vem aí.
Parte da imprensa ficou, digamos, “chateada” pela não efetivação do Jorginho no cargo.
Pow, pera lá! Se o presidente Belluzzo e a diretoria deixam o Jorginho no cargo e o Palmeiras começa a perder, o que diria a imprensa?
É, ele ainda não estava pronto. Errou o Palmeiras. Deveria ter trocado antes. Faltou experiência no comando. Blá, blá, blá e blá.
Jorginho mostrou que tem qualidades, permanecerá na comissão do Muricy e o Palmeiras acerta em trazer um treinador de peso – embora ache um absurdo o salário divulgado pelos jornais (500 mil).
Outra coisa.
Senhor Luciano do Valle, antes de começar a partida, disse que alguns torcedores do Palmeiras acham feia a camisa do time com a listra vermelha na manga. Respeito a opinião, mas, GRAÇAS A DEUS, ainda conservam a história de um time que foi OBRIGADO a trocar de nome e, com a listra vermelha criticada, presta uma JUSTA homenagem às cores da bandeira italiana, pois foi daí que surgiu o Palmeiras.
E o passado, a gente não esquece! A gente preserva para as futuras geraçôes!

A respeito de passado, preservar e futuras gerações, estou lendo o livro “Italianos no novo mundo” dos autores: Antonio Sérgio Palú Filho e Susete Moletta.
Estou no início ainda, mas é uma publicação que vale a pena a quem gosta de genealogia e, princpalmente, história da imigração italiana. Além disso, fizeram um resgate da história da família que deixa a gente com aquela inveja boa e, enquanto vou lendo, digo a mim mesmo: ainda farei o mesmo!
Parabéns aos dois.

Va bane, ragazzi.
É isso. Deixo, mais uma vez, um link de um vídeo de uma música italiana e a tradução.
Abbraccio a tutti.

Como precisa ser
(Come deve andare – 883 – álbum 1 in +)


(www.youtube.com/watch?v=11epxBBgTvc)

Eram as férias de Natal
do ano daquele frio insuportável
o meu peugeot con o gelo arrancava
falhava um pouco, partia e parava
me superara um com fifty negro
eu vira que ria tenho certeza
seja de mim que do meu peugeot
assim eu tornara a casa um pouco humilhado
com o gelo que como prego havia entrado
na profundidade do meu orgulho ferido
é então que do nada realizei
o risco de passar a minha vida
em cima de um peugeot que arrancava na subida
enquanto um com o fifty te ultrapassa, ri e vai.

E tudo vai como precisa ser
ou pelo menos assim dizem
e tudo vai como precisa ser
ou pelo menos assim eu desejo.

Fora embora os tempos das maçãs
e chegara o inferno das pêras
amigos que não veria mais
atingidos lá levados na refeição
a uma realidade qua alguns anos depois
teria já recebido o tributo
sozinha ou com as quatro cartas mágicas
e havia aqueles já organizados
em sociedades temidos e respeitados
olhavam com nojo evidente
pessoas com as quais haviam vivido
não era mais tempo de falar
com gente que era assim inferior
rindo de um peugeot na subida que não aguenta.

E tudo vai como precisa ser
ou pelo menos assim dizem
e tudo vai como precisa ser
ou pelo menos assim eu desejo.

E estamos aqui à beira de uma estrada
que sobe, inclinada e acabada
chamam-na de idade da razão
passam lá milhares de pessoa
seu espero de poder fazê-la tod
aolhar para baixo quando chegar lá em cima
mesmo arrancando como aquele velho peugeot.

E tudo vai como precisa ser
ou pelo menos assim dizem
e tudo vai como precisa ser
ou pelo menos assim eu desejo.
E tudo vai como precisa ser
ou pelo menos assim dizem
e tudo vai como precisa ser
ou pelo menos assim eu desejo.