quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Blog em reformas

Faz tempo que não escrevo alguma coisa aqui, né? Pois é.
E vou ficar mais um bom período sem fazê-lo.
Daqui uns meses, estarei de volta. Aí conto o porquê.

Arrivederci.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

O problema é o treino

Depois de mais um dia, chego a minha casa, após uma aula de “français”, sento em frente ao computador, meu navegador abre a página do provedor da cidade e eis a notícia: Dirceu Mattos não é mais o técnico do LEC.

Oras bolas, pensei comigo: por que mandar o treinador de um time que está na ponta da tabela, com 13 pontos ganhos em seis jogos, com quatro vitórias, um empate e uma derrota?

O argumento da diretoria do Londrina Esporte Clube: falta de padrão de jogo do time, na Copa Paraná. Achei estranha essa explicação. Eu só assisti à estréia do tubarão na competição, na vitória sofrida por 1 a 0 contra o J. Malucelli.
E que jogo doido! Meu Deus!

Mesmo assim não achei a equipe sem padrão tático. Pelo menos nessa partida. Foi um jogo difícil, porque o Malucelli veio a Londrina para empatar e armou uma retranca daquelas. Porém, o LEC soube tocar a bola, abrir os espaços e usar as alas – o gol saiu de um cruzamento.

Das últimas estréias em campeonatos do Londrina, que eu vi, analisando a maneira do time jogar, deixando de lado o resultado, a meu ver, foi uma das melhores.
Sem exagero algum.
Logicamente falta muita coisa a equipe. Mas isso não é privilégio do LEC, pois o nível do futebol jogado no Brasil está baixíssimo. E não bastasse a falta de qualidade, quando aparece algum jovem jogador que desequilibra, talentoso, vêm os Euros e os europeus e o levam embora.

É, estou me referindo ao Alexandre Pato.
Mas ele ainda foi “velho” para a Europa – 17 anos. Já é um homem!
Aquelas marcas que parecem ser espinhas no rosto dele são, na verdade, cicatrizes.
O Manchester também contratou um veteraníssimo jogador inglês, na semana passada: Rhain Devis.

Já rodou pelo mundo esse atleta, conhecido em todos os cantos do planeta!
Vai me dizer que você nunca ouviu falar no Rhain Davis? Não?
Não se preocupe. É só entrar no YouTube.
Lá, você vai ver o matusalém.
Sabe a idade do Rhain? 9 anos! Isso mesmo.
9 aninhos e, de acordo com os ingleses, é o novo Wayne Rooney. Aí meu santinho...
Quem sabe daqui uns anos não vão começar a contratar espermatozóides.

Mas voltando ao Londrina e já finalizando. O futebol é um negócio, que tem muitos negócios por trás. Essa foi profunda, hein! E sem duplo sentido, olha lá!
Só espero que o Londrina não esteja dando um tiro no próprio pé.

E fica a pergunta no ar para você pensar a respeito de uma possível melhora na qualidade do futebol apresentado no Brasil. Essa escutei de um torcedor do Londrina, no estádio VGD: “Como é que esse time pode melhorar, se eles treinam contra eles mesmos?”.

terça-feira, 31 de julho de 2007

Uma historinha

Era uma vez uma família bem grande, que vivia em um país muito, mas muito distante em uma pequena cidade do interior.

O pai dessa família nunca tinha sido muito cuidadoso com as finanças. Mas, certa vez, resolveu mudar. Começou a economizar e, mesmo vendo os filhos em situação complicada (eram mais de 20 com fome, doentes e sem escola), fazia de tudo para não gastar o dinheiro que ganhava, pois queria ganhar mais com juros, juros e mais juros. Pois, assim, seria bem visto pelos gerentes de bancos e todo o setor comercial da cidade – estes, só se importavam se ele tinha ou não o cobre.

Um dia, o pai, já praticamente “rico” se achando o manda-chuva do local, mas ainda deixando seus filhos desamparados, escutou em uma conversa em um bar da cidade.

Era o senhor José, grande fazendeiro de regiões longínquas, que estava por lá e conversava com o prefeito em uma mesa. Este último estava encantado com a possibilidade do senhor José, detentor de um grande evento esportivo, conceder àquela cidadezinha do interior o direito de receber tal acontecimento.
O pai escutava tudo atentamente.
Terminada a conversa e com a partida do senhor José, o pai se dirigiu até o prefeito e quis saber mais detalhes. O prefeito contou tudo, explicou que queria muito aquele evento na cidade, mas não tinha condições.
O pai da família dos filhos desamparados, então, se propôs a bancar os custos e montar a infra-estrutura para a realização do evento.
O prefeito aceitou e o agradeceu imensamente.
Depois de algumas reuniões, assinaram os documentos necessários e foram até a cidade do senhor José para apresentar o plano.

Hoje, o senhor José vai receber em mãos a pastinha com o projeto.
Os filhos desse pai, que estão em casa, gostam do evento esportivo que o genitor quer organizar. Aliás, são apaixonados! Mas eles queriam mesmo que o pai desse mais valor e voltasse à atenção para a falta de alimentos, a saúde, a educação e outros problemas que têm em casa.

A resposta do senhor José sairá em outubro. Quiçá o grande fazendeiro não aceite a proposta e o pai perceba a real necessidade dos filhos no momento.

domingo, 29 de julho de 2007

Tá acabando

Eita correria! São 3h11 da manhã e eu estou aqui, sem sono, escrevendo e com um frio do caramba. Aliás, com frio não. Congelando! 6º graus no momento.
Mas acho que dá tempo de pincelar algo sobre o Pan Rio 2007 – hoje é o último dia.
Dirão alguns: infelizmente, outros: felizmente.
Estou no primeiro e no segundo grupo. Como assim, Guaita?
Calma, eu explico.
Infelizmente, porque sou um amante de esportes.
Felizmente, porque vi muita gente boa, com vontade de vencer e isso me deixa feliz.
Por isso: Empresários, esportes coletivos são mais vistos no Brasil, é verdade. Porém, vamos olhar com carinho essa rapaziada de modalidades individuais.

Ginástica rítmica – Palmas, palmas e mais palmas para as meninas. Tanto no individual como no conjunto. Belíssimas apresentações.

Basquete masculino – Hoje é a final, mas ontem, contra o Uruguai, senti que vai ser difícil Porto Rico vencer o Brasil daqui a pouco.

Vôlei masculino – Sem comentários. Qualquer adjetivo é pouco para essa seleção.

Só escrevi a respeito do que vi ontem e pouco, porque minha cama já está me chamando.

Às 8h30 tem a largada da maratona e Vanderlei Cordeiro estará na disputa pela medalha. Desta vez, espero eu, sem nenhum escocês maluco!

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Cidadania italiana: senador Edoardo Pollastri se posiciona sobre a matéria de Veja

Posto aqui a nota que o senador Pollastri enviou à redação de Oriundi, sobre polêmica matéria de Veja:

O senador Edoardo Pollastri, representante dos italianos no exterior, da circunscrição da América do Sul, enviou nota à redação de Oriundi, abordando pontos que considera importantes sobre a matéria da revista Veja “Não per tutti - Atenção, descendentes de imigrantes: a Itália estuda limitar a concessão de sua cidadania", publicada em 11/07, e sobre o artigo “Restrições ao direito da cidadania II: Senador eleito pelos italianos residentes no Exterior tem proposta contrária aos seus eleitores”, de Imir Mulato, publicado no site Oriundi, em 13/07.

Leia a íntegra da manifestação do senador:

Cidadania, o Senador Pollastri esclarece como está a situação

Considerando o artigo sobre a cidadania, que saiu na revista “Veja” e o artigo de Imir Mulato da Agencia Brasilitalia, publicado por “Oriundi”, além dos sucessivos e-mail recebidos, desejo esclarecer alguns pontos importantes.

Alguns me acusam de ter esquecido o Brasil, mas esta afirmação é totalmente infundada, pois toda a minha atividade junto ao Senado e nas várias instituições italianas, o esforço para informação e contatos, são um meu empenho pessoal e constante para valorizar o Brasil em todos os aspectos, sejam culturais, sociais ou econômicos. A própria Embaixada Brasileira em Roma, e muitas autoridades governativas brasileiras são testemunhas disto: Sem sombra de dúvidas o Brasil nunca esteve tão presente na Itália como neste momento.

Quanto ao delicado problema da cidadania é bom esclarecer como está a situação, porque me parece que estejam divulgando notícias confusas e algumas vezes sem fundamentos.
A lei em vigor é a de numero 91 de 5 de fevereiro de 1992. Atualmente existe um Projeto de Lei de iniciativa do governo, o qual prevê, em linhas gerais, as seguintes modificações à normativa existente:

A) a introdução do “jus soli” junto ao “jus sanguinis”, princípios de transmissão de cidadania;

B) redução de 10 para 5 anos, para a naturalização do estrangeiro legalmente residente na Itália;

C) reaquisição da cidadania sem limite de tempo, para os que a perderam pela aquisição de outra.

D) reaquisição da cidadania por parte da mulher, que a perdeu devido o matrimonio com estrangeiro, feito antes de 1° de janeiro de 1948. O direito de reaquisição é o mesmo para os filhos nascidos antes de 1° de janeiro de 1948, mesmo que a mãe tenha falecido;

E) requisito de integração lingüística – cultural em alguns casos de naturalização previstos do Projeto de Lei.

O Projeto de Lei está ainda em análise na Câmera dos Deputados.Obviamente quando este projeto chegar ao Senado será objeto de profunda e atenta análise por parte das várias comissões interessadas e em particular da Comissão das Relações Exteriores e do Comitê para os Italianos no Exterior, constituído recentemente, órgãos estes dos quais participo. Nestas sessões poderei formular as minhas observações e propostas, baseando-me também nas numerosas sugestões recebidas e as que ainda receberei. Esclareço que nunca fui contrário à emenda apresentada pelo Deputado Merlo, sobre o reconhecimento da cidadania por linha materna, não apenas para os filhos, mas para todos os descendentes mesmo àqueles nascidos antes de 1° de janeiro de 1948, que considero totalmente favorável, tratando-se de cessar uma injusta discriminação entre homens e mulheres.

Vejo particularmente importante ressaltar que a questão da limitação temporal da descendência “jus sanguinis”, que já suscitou tantas discussões, no momento não faz parte de nenhum projeto de lei, e todas as opiniões expressas em mérito são atualmente apenas cogitações, no meio de um debate aberto sobre um tema particularmente delicado.

As minhas declarações possuíam apenas o intuito de explicar qual é, independentemente dos partidos políticos, o clima dos dois vértices do Parlamento, orientado a colocar uma limitação, encontrando-se diante do fato que dezenas de milhões de descendentes italianos seguindo o princípio do “jus sanguinis”, têm o direito de ter reconhecida a cidadania italiana, fato que objetivamente gera problemas; como por exemplo, o impacto na rede consular que, com as atuais estruturas, empregará décadas para finalizar os processos de reconhecimento requeridos.

Todas as problemáticas jurídicas relacionadas são e serão matéria de um minucioso exame por parte dos juristas especializados no decurso do processo parlamentar. Não existe, repito, nenhum projeto de lei ou emenda que prevê alguma limitação ao princípio do “jus sanguinis” no momento, e não serei certamente eu a apresentá-lo e muito menos a sustentá-lo. Simplesmente expliquei, e talvez tenha sido mal interpretado, que existe uma orientação de todos os partidos para tentar adequar a lei da cidadania às exigências e aos problemas apresentados nos últimos anos e às novas realidades, como a imigração ou a integração européia. A descendência “jus sanguinis” é um dos vários temas que são inseridos no debate geral sobre a cidadania.

Compreendo todas as razões daqueles que são ligados à Itália e querem que esta forte relação seja reconhecida, mas procurei ser prático e informar aos cidadãos, explicando o que está acontecendo no Parlamento italiano sobre a reforma da lei referente a cidadania, reforma esta que de qualquer modo, a meu ver, terá amplos debates e longos tempos.

Com todo prazer aceito, obviamente sem polêmicas, sugestões e opiniões que possam ser de auxílio para aprofundar e avaliar melhor esta questão tão complexa.

Edoardo Pollastri: pollastri@pollastri.com
Fonte: www.oriundi.net
E se você quiser saber mais a respeito da comunidade italiana no Brasil, recomendo o oriundi.net.
É uma excelente fonte de notícias sull'Italia e il Brasile.

Perdemos para nós mesmos?

Eu não entendi o que o técnico do Vasco, Celso Roth, depois do jogo de ontem, contra o Palmeiras, quis dizer com: “Nós perdemos para nós mesmos”.
Claro que compreendi a questão semântica da afirmação, só não captei o por quê.

Vamos ao jogo e aos fatos.
Palestrinos, amigos, convenhamos: - até os 20 minutos da primeira etapa, o Palmeiras não jogou absolutamente NADA!
O Deivid, revelação do alviverde de Palestra Itália e muito bom zagueiro, estava perdidinho dentro de campo. Creio que a estada na seleção brasileira Sub-20, do digníssimo técnico Nelson Rodrigues, não fez muito bem ao menino.
Não só ele não estava bem. A defesa. Aliás, o sistema defensivo inteiro bateu cabeça: Wendel, Nem, Gustavo, Deivid, Leandro, Pierre e Martinez corriam como loucos, mas não conseguiam fechar os espaços, com a movimentação que o Vasco impôs de início.
Resultado: aos 18 minutos Rubens Junior faz um a zero para o time carioca e, logo em seguida, aos 21, Leandro Amaral aumenta o marcador. 2 a 0.

Depois disso, entra em cena a figura do técnico Caio Júnior – um dos profissionais mais injustiçados que passaram pelo Londrina Esporte Clube!
Mas isso é uma outra história.
Retomando.
Perdendo o jogo por dois a zero, o treinador palmeirense tira um dos três zagueiros, Deivid, é coloca o Makelele.

Aqui faço um parêntese e uma indagação a você que assistiu ao jogo.
Com os dois a zero no placar, foi o Vasco que recuou ou foi a entrada do Makelele que deu novo ritmo de jogo ao Palmeiras?

O verdão melhorou visivelmente. Tanto que aos 33 minutos vem o primeiro susto para o Vasco: uma bola na trave, antecedida de uma bela defesa do Silvio Luiz, depois de um leve toque de cabeça do Martinez. Aos 34, mais um susto para o time de São Januário: Makelele chuta e o jogador Amaral tira, praticamente, de dentro do gol. E, finalmente, aos 35 minutos, depois de duas tentativas, o Palmeiras diminui com o chileno Valdivia.

Antes de terminar o primeiro tempo, aos 44, depois de uma cobrança de escanteio, quase o acontece o gol de empate. Mas termina mesmo 2 a 1 para o Vasco.

O Palmeiras volta com Luiz Henrique (meia-atacante) no lugar do Martinez (médio-defensivo).

Naquele momento, eu achei que o Caio Júnior errou. Por quê?
Conhecendo o Celso Roth (ele ama jogar fechado, saindo nos contra-ataques, com um jogador aberto caindo pelas pontas), o Vasco teria totais condições de fazer o terceiro gol, pois o Perdigão e o Conca teriam mais espaços para trabalhar com a bola e o Leandro Amaral (esse é quem caia nas costas dos laterais) faria a festa.

A equipe cruz maltina seguiu o script.
Só saia na boa, nos contra-ataques, talvez pensando que a qualquer momento poderia fazer o terceiro gol, como eu também pensava.

O jogo seguiu morno até os 20 minutos do segundo tempo, quando aconteceu a expulsão, diga-se de passagem, justíssima, do Makelele. Após o ocorrido, o Caio Júnior tira o Edmundo e coloca o lateral-esquerdo, Valmir, deslocando o Leandro para segundo volante. Com um homem a menos, perdendo em casa, com o fantasma do Palestra rondando, a derrota parecia inevitável. Pensei que o porco iria pro brejo mesmo.

Mas eis que apareça ele, o insuperável, o fabuloso, o inigualável, o fantástico, o poderoso clichê para explicar o que aconteceu. “O futebol é uma caixinha de surpresas”.

Vamos falar sério!
Não tem nada de caixinha de surpresas e outros chavões, aqui, não.
Com um a menos, aos 36 minutos o verdão empata o jogo com o zagueiro Nem e aos 41 consegue a virada com Luiz Henrique. 3 a 2.

Uma vitória na raça, na vontade e com méritos do time de Palestra Itália.

Não foi um jogo maravilhoso tecnicamente – o nível do futebol praticado aqui no Brasil está baixíssimo – mas valeu pela força de vontade e pela disposição dos jogadores palmeirenses que se desdobraram em campo.

Ah! O Celso Roth! Havia me esquecido dele!
Quando diz que perderam para eles mesmos, se esquece de reconhecer a superioridade do Palmeiras e dar o devido valor ao adversário, que soube vencê-lo, antes de qualquer coisa, jogando bola.

Os outros resultados da 14ª rodada:

Atlético-PR 2 x 2 Cruzeiro (Quatro gols de cabeça e um frio danado em Curitiba).
Goiás 1 x 0 Santos (Santos perdeu um pênalti com o Marcos Aurélio e gol do Goiás saiu após um salseiro daqueles na área).
Náutico 0 x 2 Grêmio (Bom resultado para o time gaúcho)
Flamengo 3 x 1 América-RN (ALELUIA! ALELUIA! A situação está feia, né, flamenguistas? Quem sabe essa vitória não seja o início da subida).
Figueirense 2 x 2 Corinthians (Só mesmo com aquele gol espírita do Clodoaldo para explicar o empate).
Internacional 1 x 0 Paraná (Vocês viram a categoria do Alexandre Pato? De costas, marcado, recebeu a bola e a ajeitou no espaço vazio com o pé direito e mandou uma pancada com o pé esquerdo, fazendo o gol. É craque! Já está na hora de ser chamado para a seleção principal do Brasil).

Hoje mais três jogos pelo brasileirão:

Botafogo x Juventude
Atlético-MG x Fluminense
São Paulo x Sport

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Prá que isso?

Depois de alguns dias de descanso, eis-me aqui.

Estou triste, sabem. Diga-se de passagem, bastante. Por que estou assim? Porque pensava que o esporte fora criado para integrar os povos, construir o espírito de coletividade no cidadão, moldar um caráter e quando derrotado saber perder com dignidade. Sem partir para a violência ou ignorância, seja lá qual modalidade for.

Ontem assisti ao Gp da Europa de Fórmula 1, disputado na Alemanha, e achei emocionante a corrida no final, como há tempos não se via. O Felipe Massa perdeu a primeira posição para o Fernando Alonso quando faltavam cinco voltas para acabar a prova. A troca de posições entre eles aconteceu de forma aguerrida e houve um toque do Massa no carro do Alonso. Até ali tudo normal. Mas na opinião do espanhol não. Finalizado o grande prêmio, na área onde os pilotos se pesam e pegam os bonezinhos dos patrocinadores, antes de subirem ao pódio, Fernando Alonso e Felipe Massa iniciaram uma discussão para, literalmente, o mundo inteiro ver. Transmitida e captada ao vivo, em italiano. Alonso reclamando da forma como o brasileiro se comportara quando ele o ultrapassara e Felipe lhe dizendo: “Provi a imparare, provi a imparare, dai!” (Experimente aprender, experimente aprender, vai!), dando uns tapinhas bem irônicos nas costas do espanhol.
Não vou entrar no mérito se o Massa ou o Alonso está certo.
Só me decepcionei com a discussão.
Dois grandes pilotos, com um enorme talento, que pareciam crianças.
Lamentável e sem necessidade.

Terminado o bate-boca e a corrida, era a vez de acompanhar Brasil x Argentina, na final do Pan Rio 2007, no handebol masculino. É conhecida a rivalidade existente entre os dois paises, mas quando parte para a pancadaria, como acontecera no final, é de lastimar também. Eu não sabia se o que via era handebol ou vale-tudo. O Brasil venceu 30 a 22, mas ficou um clima pesado no ar. Meio azedo até. Pelo menos para mim.

E a última do dia foi no judô. Existe a luta no tatame, sim. Mas acho que a torcida estava tão contaminada com o dia de confusão e arranca-rabo, que quis participar de alguma forma e a escolhida foi: lançamento de papéis e copinhos contra o árbitro da luta entre a brasileira Érika Miranda e a cubana Sheila Espinosa. O árbitro errou? Isso vai do ponto de vista de cada um e não justifica a zorra ocorrida. Mais uma vez o destaque foi o lado da discórdia.

Aí penso e concluo que ninguém quer perder, incluindo o público – uma conclusão um tanto óbvia, é verdade. Aliás, perdem, sim. Mas questionam ou partem para a estupidez, deixando de lado o espírito esportivo, o respeito pelo atleta, companheiro de profissão e, acima de tudo, pelo ser humano, suscetível a cometer erros!

Louvados sejam Thiago Pereira, César Cielo, Kaio Márcio e outros tantos esportistas conhecedores do real espírito do esporte: treinar, batalhar e vencer os adversários, dando exemplo que os verdadeiros campeões são os que brigam e superam os seus próprios limites. E por isso retifico o que eu escrevi no início deste texto.

Eu não pensava que o esporte fora criado para integrar os povos, construir o espírito de coletividade no cidadão, moldar um caráter e quando derrotado saber perder com dignidade. Sem partir para a violência ou ignorância, seja lá qual modalidade for.

Eu penso e tenho certeza que fora criado com esse intuito.
Pobre daqueles que acham o contrário.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Quinta-feira cardíaca

Há umas duas semanas eu fui ao cardiologista para fazer aqueles exames de rotina e, graças a Deus, está tudo bem. Mas ainda assim levei aquele puxãozinho de orelha do doutor, quando me perguntara se eu estava praticando alguma atividade física e eu lhe respondera que não.
Disse ele: “Guaita, você precisa fazer algum exercício físico. No mínimo, três vezes por semana”. Eu lhe respondi que faria o possível, mas que não estava fácil arrumar tempo.
Cumprimentei-lhe, sai da sala, assinei alguns papéis na recepção, peguei os meus exames e fui embora ciente que está tudo bem com o meu coração.

Faz duas semanas e ontem eu tive a certeza, por duas vezes, que os exames, graças a Deus, estão corretos.

Prometi a mim mesmo que pararia para ver, às 15h, a final entre Brasil e Cuba do vôlei feminino no Pan Rio 2007. Cheguei a minha casa, exatamente, às 15h34.
Da porta, nem havia entrado direito, já perguntei ao meu pai o resultado do jogo.
Estava um set a zero para as brasileiras.
Sentei-me no sofá e comecei a assistir a partida.
Bola de cá, de lá, bloqueio, erro de passe, de recepção, as cubanas provocando e eu ali, sentado, sem abrir a boca. Cuba empata. Um set a um.
Pensei comigo: “Só não quero o ‘tie-break’”.
Vem o terceiro set e o Brasil vence por 25 a 22. Beleza. Dois sets a um.

Era ganhar o quarto set e o ouro ficaria no país

Quarto set. As brasileiras somem de quadra e as cubanas abrem cinco pontos de vantagem. E eu, nesse momento, começo a me remoer.
Acontece a recuperação e a seleção pode fechar. Mas nada disso.
Ocorre, sim, uma batalha incrível! Ponto a ponto.
26 a 25; 26 a 26; 27 a 26; 27 a 27; 28 a 27; 28 a 28; 29 a 28; 29 a 29; 30 a 29; 30 a 30 (aqui eu já tinha jogado a almofada na tela da televisão umas três vezes e falado um monte de bobagem!); 31 a 30; 31 a 31; 32 a 31; 32 a 32; (já suando mais que as jogadoras em quadra) 32 a 33 e, finalmente, 32 a 34.
Cuba empata e haverá o “tie-break”.
Meus batimentos cardíacos deveriam estar a mais de duzentos.

Assisti ao último set em pé, quase entrando na TV e, literalmente, jogando junto! Porém, a seleção brasileira perdeu por 17 a 15.
Final de partida e o meu coração a mil.
Passou bem por esse teste, embora com tristeza.

Esse foi o primeiro do dia.

Quem me conhece desde a época de Cambará – minha cidade natal – sabe que já fui um palmeirense doente, fanático.
Ainda sinto carinho pelo time de Palestra Itália, mas não como há dez, nove anos.
Hoje gosto de futebol, não de um time específico.

Ontem, porém, enquanto lia alguns textos aqui em casa, deixei o rádio ligado no jogo do Palmeiras e Santos.
Estava com um volume razoavelmente baixo e só ouvia algo quando o locutor gritava “gol”.
E logo de início saiu um. Do Santos. Nem dei bola. Continuei a minha leitura, mas fui interrompido por outro grito de gol. Era do Palmeiras. De empate.
Menos de 20 minutos de partida e o placar estava 1 a 1. Quando isso acontece, normalmente, é um jogo daqueles.
Resolvi parar a leitura e me concentrar só na locução.
Palmeiras pressiona e o Santos no contra-ataque.
Até que no finalzinho do primeiro tempo o time da baixada faz o segundo gol. 2 a 1.

O árbitro apita – intervalo.

Recomeça e continua praticamente do mesmo jeito. Só que com o Palmeiras atrás do placar, buscando o gol de empate e o Santos aproveitando os espaços deixados pelo time alviverde.
Na metade do segundo tempo, acho que voltei no tempo e comecei a torcer pelo time de Palestra Itália.
E confesso: ouvir jogo pelo rádio, apesar de conhecer um pouco da mecânica da transmissão – os exageros do locutor – não é fácil.
Comecei a vibrar e a colar o ouvido no radinho, a cada lance de ataque do verdão.
25 minutos e nada. 30 e nada. 35, 40. Eu nervoso ao pé do rádio, com o coração a mil, agarrado ao meu crucifixo, pedindo a Deus pelo menos o empate.
45 minutos. O repórter de campo avisa que haverá três minutos de acréscimo.
Já com o radinho nas mãos, pronto para desligá-lo, aos 47, o Palmeiras empata.
Soltei aquele berro!!! Gol!!!
Final de jogo e o coração aprovado no segundo teste do dia.

Juro que já voltei ao meu estado de amante dos esportes, sem se deixar levar pela emoção.
O coração agradece.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Pequeno panorama

Eis-me aqui. Ainda consternado com a tragédia em Congonhas, porém a vida continua.

Pan, pan, pan, pan, pan, pan, pan, pan, pan e pan.
Se eu contei bem, escrevi dez vezes a palavra Pan. Dez vezes!
Enche o saco ter que ler dez vezes a mesma palavra seguidamente, né?! Agora, imagem vocês, caso fossem goleiros ou até mesmo goleiras, terem de pegar a bola dez vezes nas redes, no fundo do gol.

Isso aconteceu ontem. Um MASSACRE da seleção feminina de futebol sobre o Equador. As meninas balançaram por dez vezes “o capim, no fundo do gol das equatorianas” – como diria Silvio Luiz.
Falar a verdade, fiquei até com pena da goleira.
(Tá, os "pan, pan" ficaram ridículos! Só foi uma referência).

Já os meninos, do Sub-17, fizeram o necessário para vencer a Costa Rica com por 2 a 0. Fato curioso e até engraçado foi a torcida, presente ao estádio João Havelange, gritar o nome do atacante Obina, do Flamengo.

A seleção brasileira masculina de futebol ouviu, pela primeira vez no Pan-Americano do Rio de Janeiro, gritos de protesto da torcida. Bem humorada, porém, a arquibancada apenas ensaiou gritos de "queremos raça", mas gritou a plenos pulmões "Obina é melhor que Etoo", grito da torcida flamenguista. Os jogadores, todos abaixo de 17 anos, se divertiram com a comparação.

Atacante titular, autor do segundo gol e jogador do Vasco, Alex preferiria uma outra comparação. "Pôxa, eu sou vascaíno, preferia que tivessem gritado Romário", disse, rindo.

Autor do primeiro gol, Maicon também deu muita risada sobre os gritos. "Ouvi os gritos sim", afirmou, também sorrindo. "Não posso fazer nada, né? Torcida é torcida. Se eles chamaram pelo Obina, deve ser um elogio. Ele é um grande jogador", completou o atacante do Fluminense.

Fonte: Uol.

Ainda bem que levaram na boa. Mas experimentem perder um jogo para ver o que acontece. “Torcida é torcida”, meu caro, Maicon. Cuidado.

E a natação, hein?! Que beleza. No feminino, Gabriela Silva levou o bronze nos 100m borboleta. Bronze também no revezamento 4x200m, nado livre, com Tatiana Lemos, Monique Ferreira, Manuella Lyrio e Paula Baracho. E claro: Rebeca Gusmão com o ouro nos 50m, nado livre, quebra do recorde pan-americano e sul-americano (25s05) e ainda a primeira mulher brasileira a conquistar essa medalha na prova. Gravou o nome dela na história.
Mas os homens também fizeram bonito, nesta quarta-feira. Nos 100m borboleta, uma dobradinha: Kaio Márcio e Gabriel Mangabeira – outro e prata. E nos 100m livre, César Cielo conquistou o ouro e marcou o novo recorde pan-americano (48s79).
Uma excelente quarta-feira para a natação!
Daqui a pouquinho, logo pela manhã, mais braçadas, nas piscinas cariocas.

E tem final no vôlei feminino!
Hoje, às 15h, Brasil e Cuba decidem quem fica com o ouro no Pan Rio 2007. Logicamente, vou torcer pelo Brasil, sem medo de ser feliz. E vou torcer também para que não dê briga, porque brasileiras e cubanas nunca se bicaram.
Aliás, quase sempre se bicam, no outro sentido.

Agora a 12ª rodada do Campeonato Brasileiro, que apresentou os seguintes resultados ontem à noite:

Figueirense 0 x 1 Sport
Atlético-PR 4 x 0 Juventude
Atlético-MG 4 x 1 América-RN
Náutico 1 x 4 Cruzeiro
São Paulo 0 x 1 Fluminense
Internacional 3 x 0 Corinthians


Assisti a esses dois últimos jogos.

São Paulo e Fluminense foi fraco tecnicamente. A não ser por algumas jogadas do camisa 10 do Flu, Tiago Neves, que sofreu o pênalti e é muito bom jogador por sinal. Ah, teve a bola na trave do Rogério Ceni também, que pelo menos serviu para gelar a espinha do goleiro Fernando Henrique, do Fluminense. Mas o restante foi um marasmo só!

Já a partida entre Internacional e Corinthians teve um nível técnico um pouco melhor.
No primeiro tempo, acho que três ou quatro lances de gols esquentaram a noite fria em Porto Alegre.
Na segunda etapa, o futuro melhor jogador do mundo e camisa 9 da seleção Sub-20, Alexandre Pato, acabou com o jogo e com as pretensões do Timão com dois gols.
Eu sei, eu sei! O pênalti é discutível, o segundo gol surgiu após uma falha grotesca da defesa do Corinthians e o terceiro, também, de certa forma, bobeou outra vez o sistema defensivo. Mas no compito geral, o Inter mereceu a vitória.
Problema para o Corinthians que, com essa derrota, já são seis jogos sem vencer.
Mais crise?

E hoje três partidas fecham a 12ª rodada do brasileirão.
Todas às 20h30.

Flamengo x Paraná
Goiás x Grêmio
Palmeiras x Santos


Tomara que a média continue a mesma de ontem: 3.1 gols.
Os torcedores agradecem.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Vôo JJ 3054 da TAM

Apesar de o dia ter sido muito bom para o esporte brasileiro, no Pan Rio 2007, não postarei nada além desta mensagem, em consideração às famílias e às mais de 170 pessoas que perderam suas vidas em outro acidente aéreo.

Fica aqui o registro, a tristeza e as condolências de um cidadão brasileiro.

Segunda-feira cinzenta...

São Pedro caprichou e a tão solicitada e abençoada chuva veio, após quase dois meses sem uma gota de água cair do céu. Uma segunda cinzenta, fria e carrancuda.
Mas claro!
O sorriso estava estampado no rosto dos torcedores brasileiros, orgulhosos, vestindo a camisa da seleção pelas ruas depois da vitória por 3 a 0 sobre a Argentina e a conquista do título da Copa América. Molhados e felizes: no calçadão, ontem, eu vi uns seis ou sete trajando a amarelinha debaixo daquela água que não parava de cair.

Porém, lá na cidade maravilhosa, coração do Brasil, Rio de Janeiro, a segunda-feira também foi cinzenta. Na opinião de alguns, até mais.
País sede, almejando o terceiro lugar no quadro geral de medalhas, no Pan Rio 2007, o Brasil garantiu, ontem, no Badminton, só uma medalha de bronze. Lógico que é importante essa medalha, ainda mais para um esporte tão pouco difundido por aqui. O problema é que, de acordo com certos “entendidos” no assunto, os adversários começam a disparar e o Brasil começa a empacar.

Nesta segunda-feira, o Brasil terminou o dia em 9º no quadro com: uma medalha de ouro, seis de prata e cinco de bronze. Total de 12. E vejam vocês: uma posição atrás da Argentina!
Doce ironia...

Mas não se preocupem. Sem querer usar um chavão, mas já utilizando: “Nada como um dia após o outro”. Nos esportes coletivos, creio eu, o Brasil vai conquistar, no mínimo, sete medalhas de ouro: futebol masculino (1); vôlei masculino (2); feminino (3); vôlei de praia masculino (4); feminino (5) handebol masculino (6) e feminino (7). Sem falar do atletismo, basquete, futsal, hipismo, natação e a vela com Robert Scheidt.

E há ainda aquele atleta, que ninguém conhece e pode aparecer no lugar mais alto do pódio.

Já é terça-feira, um novo dia.
Se hoje não for um dia mais dourado, no outro será.
Estejam certos.

domingo, 15 de julho de 2007

Deu Samba

Que domingo foi esse, hein!

Como dizia mia nonna: “Una domenica bestiale!”.
Fazia tempo que o brasileiro, principalmente aquele que gosta de esportes, não iniciava uma semana com um sorriso estampado no rosto de orelha a orelha.
Culpados disso: Diogo Silva, 1º ouro no Pan; seleção masculina de vôlei, sete vezes campeã da Liga Mundial de Vôlei, e a seleção de futebol da CBF, oitavo título da Copa América com uma vitória por 3 a 0 em cima da Argentina. Sem falar na meninada do Sub-17 do futebol no Pan e a seleção juvenil de vôlei masculina campeã da categoria.
E para quem é londrinense, a vitória do LEC por 2 a 0 na Copa Paraná.
Para os amantes do esporte, barba, cabelo, bigode, mão, pé, massagem etc, etc e etc.

Mas vou falar aqui mais a respeito da seleção da CBF.
Eu apostei nos argentinos. Escrevi aqui (podem olhar nas postagens anteriores) que daria Argentina tranquilamente. Assumi uma opinião pelo que via naquele momento e o futebol apresentado por ambas as seleções.
Não fui hipócrita e também não serei agora, como alguns que falaram: “Ah, lógico que os argentinos estão melhores, MAS, MAS, o Brasil é sempre o Brasil”. “Ah, eu aposto na Argentina, MAS, MAS, você sabe, né?! É clássico mundial, tudo pode acontecer”.
Eu acho que o verde é melhor, mas eu gosto do azul também?
Qual é!? Só ficam em cima do muro!
Hipocrisia danada...

O título foi merecido? A seleção da CBF jogou melhor do que a Argentina? Júlio Baptista, Elano, Vágner Love e Daniel Alves merecem mais chances?
Sim!
Sim!
E sim!

Eu não apago uma linha do que escrevi nos dias anteriores.
Mas não reconhecer que hoje, contra os argentinos, mais uma vez (assim como há três anos na Copa América do Peru), o Brasil mereceu vencer, jogou melhor e Júlio Baptista, Elano, Vágner Love e Daniel Alves atuaram muito bem é não querer ver a realidade.
Não foi um espetáculo de bola.
Foi, sim, um espetáculo de competência tática.
O que o Dunga armou, deu certo. E muito bem!
Parabéns a ele e a todos componentes da comissão técnica.

Depois de terminada a partida, algumas manchetes pelo mundo:

Tristeza sin fin: “Tristeza sem fim”. (Olé da Argentina).
Com autoridade, Brasil bate 'freguês' Argentina e celebra a Era Dunga. (Gazeta Esportiva Net do Brasil).
Il Brasile umilla l’Argentina. L’America resta verdeoro: “O Brasil humilha a Argentina. A América fica verde ouro”. (Gazzetta dello Sport da Itália).
Brasil, rey de América: “Brasil, rei da América”. (As da Espanha).
Brasil pasa por encima de Argentina: “Brasil passa por cima da Argentina”. (Marca da Espanha).
Le Brésil encore et toujours: “O Brasil ainda e sempre”. (L’équipe da França).

E o que dizer da maquina de ganhar títulos, chamada Bernardinho?
Nada. Os números falam por mim.

Títulos conquistados como jogador:
1981 - Campeão sul-americano.
1981 - Bronze na Copa do Mundo de Voleibol de 1981.
1982 - Campeão do Mundialito.
1982 - Prata no Mundial de 1982.
1983 - Bicampeão sul-americano.
1983 - Ouro no Pan-americano de Caracas.
1984 - Prata na Olimpíada de Los Angeles.
1985 - Tricampeão sul-americano.

Como técnico da seleção feminina:
1994 - Vice-campeão no Mundial de Voleibol Feminino.
1994 - Ouro no Grand Prix de Voleibol.
1996 - Bronze na Olimpíada de Atlanta.
1996 - Ouro no Grand Prix de Voleibol.
1998 - Campeão sul-americano de voleibol.
1998 - Bronze na Copa dos Campeões.
1999 - Ouro no Pan-americano de Winnipeg.
1999 - Prata no Grand Prix.
1999 - Ouro no Sul-Americano.
2000 - Bronze no Grand Prix de Voleibol.
2000 - Bronze na Olimpíada de Sydney.

Da seleção masculina:
2001 - Campeão da Liga Mundial de Voleibol.
2001 - Campeão sul-americano.
2001 - Campeão do Torneio Ponte di Legno.
2001 - Campeão do Torneio Consorzio Metano de Vellecamonica.
2002 - Vice-campeão da Liga Mundial de Voleibol.
2002 - Campeão Mundial na Argentina.
2002 - Campeão do Torneio Sei Nazioni.
2003 - Campeão da Liga Mundial de Voleibol.
2003 - Campeão sul-americano.
2003 - Campeão da Copa do Mundo, no Japão.
2003 - Bronze no Pan-americano de Santo Domingo.
2004 - Campeão da Liga Mundial de Voleibol.
2004 - Ouro na Olimpíada de Atenas.
2005 - Campeão da Liga Mundial de Voleibol.
2005 - Campeão da Copa América.
2006 - Campeão da Liga Mundial de Voleibol.
2006 - Campeão Mundial no Japão.
2007 - Campeão da Liga Mundial de Voleibol.

O primeiro ouro no Pan-americano veio hoje com Diogo Silva, no Taekwondo, que treina aqui em Londrina. Grande, Diogo!
E vem mais por aí!
Por hoje, é isso.

Tango x Samba

É hoje! É hoje!

Que rufem os tambores, pois um dos clássicos mais importantes do futebol mundial – se não O clássico – acontece hoje, 15 de Julho de 2007. Às 18h05 do horário de Brasília, Brasil e Argentina vão se enfrentar em uma situação muito semelhante àquela que acontecera em 2004.

Para os supersticiosos, um mar de coincidências. Desde um time sem estrelas, sem credibilidade perante aos torcedores, uma fraca campanha na primeira fase e até à não presença, nas duas finais (na 2004 e na de hoje), dos “verdadeiros” capitães. Sem contar o “pequeno gafanhoto”, Dunga, discípulo do Parreira, técnico na última campanha.
Há três anos o meia Alex, atualmente na Turquia, era o capitão e não pôde enfrentar a Argentina na final. Coube então o cargo a Juan.
Fato semelhante acontece desta vez: Gilberto Silva, suspenso, não poderá enfrentar os argentinos. Sabem quem vai levar a braçadeira?
Hum... Se eu contar eu ganho um doce? Pode ser aquele bem baratinho, aquele do barzinho da esquina. Pode ser?!
Tá bom, tá bom, calma, eu conto.
Vai ser, outra vez, o Juan, o mais novo contratado do meu time do coração: Associazione Sportiva Roma.
Fora ele quem erguera a taça em 2004, na final, também, contra a Argentina.
E pode repetir o feito.

Mas eu mantenho a minha opinião: de não acreditar que a Argentina vá perder. Para mim, o título já é deles. Embora o Dunga tenha me surpreendido. Vocês viram o time que começa a partida de hoje? Não?! Olhem só.
Aliás, vou colocar a ficha técnica da partida aqui:

FICHA TÉCNICA
BRASIL X ARGENTINA

Local: Estádio José Pachencho Romero, em Maracaibo (Venezuela)
Data: 15 de julho de 2007 (Domingo)
Horário: 18h05 (de Brasília)
Árbitro: Carlos Amarilla (Paraguai)
Assistentes: Wálter Rial (Uruguai) e Luis Sánchez (Venezuela)

BRASIL: Doni, Maicon, Juan, Alex e Gilberto; Mineiro, Josué, Elano e Júlio Baptista; Robinho e Vágner Love
Técnico: Dunga

ARGENTINA: Abbondanzieri, Javier Zanetti, Ayala, Gabriel Milito e Heinze; Verón, Mascherano, Cambiasso e Riquelme; Messi e Tevez
Técnico: Alfio Basile


O DUNGA ESCALOU O ELANO!!! QUE EMOÇÃO!!!
ELE NÃO COLOCOU OUTRO VOLANTE!!!
Ai, ai... Queimei minha língua.

Mas vamos fazer um exercício tático?

Peguemos a linha de defesa do Brasil e de meio defensivo e o ataque da Argentina: Maicon versus Cambiasso; Juan versus Tevez; Messi versus Alex (será que o Alex vai dormiu à noite?) e Gilberto versus Mascherano. Hipotetizando que os volantes argentinos irão marcar os laterais brasileiros – isso, às vezes, não ocorre na prática.

Agora ao contrário: linha de defesa da Argentina e de meio defensivo e o ataque do Brasil: Javier Zanetti versus Josué; Ayala versus Robinho; Gabriel Milito versus Vágner Love e Heinze versus Mineiro. Segue-se a mesma hipótese aqui e lembro, mais uma vez, que pode não ocorrer dessa maneira.

Mas quais jogadores sobraram?
Os que criam, responsáveis pela armação de jogadas das seleções, que fazem a bola chegar redonda e com qualidade ao ataque.

Na Argentina: Verón e Riquelme.
No Brasil: Elano e Júlio Baptista.


Meus amigos, vocês sabem rezar, né?
Então é bom começar. Acendam algumas velas aos seus santos preferidos e de devoção, porque se compararmos a qualidade dessas duplas só com uma intervenção divina para a seleção da CBF levar essa.

sábado, 14 de julho de 2007

Pan, vaias e seleção

Vamos falar de coisas alegres: de festa, de samba, de Pan-americano, da gafe, claro, que entrara para a história e de futebol (seleção).

Mas como diria Jack, o estripador, vamos por parte.

Rapaz, pensei que só os vôos atrasassem nesse país. 30 minutos para começar a cerimônia de abertura dos Jogos Pan-americanos. Tudo bem, acontece, vai lá.
As TVs de outros paises devem ter ficado contentíssimas: meia hora de uma transmissão via satélite não é nada barato.
Vou ser sincero: não assisti a toda festa de abertura, mas as partes que pude ver não ficaram devendo em nada a outras realizadas anteriormente.
Mas vem cá, sem bairrismo, nacionalismo e outras coisas do gênero: não há outro povo igual ao brasileiro para fazer festa, né?!
Belíssima festa e, como registrado aqui ontem, acabou em samba.
Aliás, só deu samba!

Gafe ou falta de comunicação?
Agora começa o diz-que-diz com respeito às vaias que o presidente Lula levou e o porquê do Nuzman proclamar abertos os Jogos Pan-americanos do Rio 2007 no lugar do chefe de Estado.

Li no Uol e em outros sítios – é, vamos evitar o estrangeirismo – que a assessoria da Presidência se precipitou e pediu ao presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, para que Lula não falasse. Mas se esqueceu de avisar o presidente da Odepa. Este, anunciou o nome do Excelentíssimo Senhor presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e causou um constrangimento muito grande. Isso está no Uol e é uma fala do prefeito do Rio de Janeiro, César Maia.

Já no sítio da Gazeta Esportiva Net: O protocolo da cerimônia oficial dos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro determinava que, logo após o pronunciamento do presidente da Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana), Mário Vázquez Raña, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva seria o responsável por abrir oficialmente os jugos. Inclusive, as câmeras de TV mostraram o presidente pronto para falar com o seu discurso, ao lado de sua mulher e do governador do Rio, Sérgio Cabral. Mas, como a multidão começou a vaiar o presidente, coube a Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, anunciar. “Estão abertos oficialmente os Jogos Pan-americanos do Rio de 2007. Boa sorte a todos”.

Minha sincera opinião sobre o fato: uma falta de respeito TREMENDA!
Não votei no Lula, mas nem por isso achei correto vaiá-lo como acontecera.
Há outros lugares para cobrarmos deles (políticos) e mostrarmos que não estamos satisfeitos com o que acontece no Brasil.
Claro que respeito a manifestação, embora, volto a reiterar, não concorde.
Isso é a minha opinião.

E a seleção da CBF, hein?! Vocês já estão prontos para amanhã?
Olha só o que o Dunga disse ontem: “Pelo que a Argentina fez até aqui na competição ela é favorita”. Lógico que logo após essa afirmação ele ponderou, dizendo que o Brasil tem plenas condições de vencer e tal.
Mas que ele está com a pulga atrás da orelha, ah!, isso está!
E continua o mistério. Ele, Dunga, não sabe se escala o Fernando, o Diego ou, ainda, o Elano. Façam suas apostas.
Eu já fiz e aposto no Fernando.
Torçam para que eu esteja errado, porque quatro volantes no meio-campo vai ser o cúmulo!
Da-lhe ferrolho!

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Sonho, nostalgia e Pan

“Bem amigos da rede Globo, falamos ao vivo da Venezuela e já temos uma notícia importante sobre o time que inicia a partida de hoje. Não é isso, Mauro Naves? Isso mesmo, Galvão, Dunga surpreende e escala Diego no lugar do capitão, Gilberto Silva, suspenso pelo segundo cartão amarelo para enfrentar a Argentina”.
Eis que eu acordo do meu sonho.
Bem que poderia ser verdade. Verdade é que eu não acredito na vitória do Brasil frente aos argentinos. Mas gostaria de ver, sim, um time mais ofensivo com, pelo menos, um meia V-E-R-D-A-D-E-I-R-O de armação no meio-campo.
Não me venham dizer que o Júlio é um meia criativo.
Júlio Baptista, para mim, é volante! Ele faz gols e chega ao ataque porque é oportunista e já fora atacante no início de carreira.
Foi contratado pelo Arsenal como segundo volante.
Agora francamente não acredito que o Dunga será tão ousado. A substituição que ele fizera na última partida, colocando o Fernando, já sabendo que o Gilberto Silva não poderia atuar na final, foi para, digamos, estrear o “menino” na competição. E que estréia: levou um cartão amarelo com menos de dez minutos em campo e nas disputas de pênalti acertou trave.
Será um bom presságio isso?
Já estão preparando as vitrolas em Buenos Aires para tocar os bolachões com os tangos de Carlos Gardel.
O Brasil sem o capitão, Gilberto Silva, será o mesmo taticamente. Não tenho dúvidas.
Falar em capitão, vocês sabem como surgiu esse personagem no futebol?

Vamos voltar no tempo. Mais exatamente ao final do século XIX, quando os ingleses criavam e adequavam as regras para o esporte bretão.
Pois bem. Fazia pouco tempo que a figura do árbitro existia e quando este marcava alguma falta, o time inteiro vinha lhe queixar.
Convenhamos: não é muito diferente de hoje.
Para acabar com aquele fuzuê, os pensadores das regas do futebol, à época, decidiram que só um jogador poderia argumentar com o árbitro. Seria o reclamador oficial do time e para diferenciá-lo dos demais era obrigatório que usasse um bonezinho nos jogos importantes. E foi exatamente por causa desse bonezinho que surgiu a nomenclatura do capitão. É que boné, em inglês, é cap. E quando a escalação dos times ingleses apareceu na imprensa de outros paises, todos pensaram que cap era a abreviação de capitão e todos os times passaram a ter capitão que, logicamente, era o reclamador.
No mínimo curioso.

Mais uma para continuar com a nostalgia.
Há exatamente 77 anos saia o primeiro gol em Copas do Mundo, sabiam?
No dia 13 de julho de 1930, na vitória da França por 4 a 1 sobre o México, no Uruguai, Lucien Laurent abriu o placar da goleada e escreveu o seu nome na história do futebol mundial.

Voltando ao nosso tempo.
Os parabéns às meninas da seleção brasileira que começaram com o pé direito nos jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, com uma goleada por 4 a 0 sobre as uruguaias.
Hoje é a abertura oficial dos jogos e creio eu, sem precisar dos orixás, tarô e do Walter Mercado – por andará o ligue já? – que a festa de abertura vai terminar em samba.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Argentina, Sub-20 e Palmeiras

Pois é, e vem mesmo a Argentina outra vez!
Aquele sentimento de “déjà vu” volta a tomar conta. Mas pelo que vi ontem da seleção da Argentina contra o México, o final do filme pode ser bem diferente de 2004.
Aliás, eu não vou ficar em cima do muro, não! Com esse futebol-resultado que a seleção da CBF vem pregando, e com a Argentina, literalmente, voando dentro de campo, o Brasil vai dançar um tango bonito domingo.
Se o Dunga assistiu ao jogo de ontem, ele deve ter pensado: “acho que vou ter que colocar mais um volante no time, porque eles tocam muito rápido a bola no meio-campo. Vamos precisar de mais marcação”.
É que já tem poucos volantes...
Mas, sinceramente, analisando friamente – a rima foi proposital.
Peguemos o retrospecto das duas seleções e o futebol apresentado por elas. Alguém aí ousaria dizer que o Brasil jogou melhor que os argentinos? Acho que não.
Porém, se você acha que sim, tudo bem. Respeito a sua opinião.
Veremos domingo se o filme se repetirá.
Eu não acredito mais.

Falando em filme, lembrei-me do jornalista, escritor e dramaturgo brasileiro, Nelson Rodrigues. Esse entendia de futebol. E muito!
Agora o homônimo dele, o atual técnico da seleção Sub-20, não. NÃO MESMO!
No jogo de hoje, contra a Espanha, válido pelas oitavas-de-final do mundial da categoria, Nelson Rodrigues, o técnico, conseguiu acabar com a seleção brasileira.
Corrijo em tempo: ele estragou a seleção durante a competição toda, com escalações e mudanças malucas, que só ele, e mais ninguém, entendia.
Ele pode até ter um curriculum muito bonito (16 competições disputadas, com 12 títulos e quatro vice-campeonatos), mas na hora que enfrentou seleções de verdade, não soube enxergar o jogo e solucionar os problemas durante as partidas.
E o tal negócio: no quadro negro, na preleção, é tudo lindo. Os X’s desenhados no quadro, que eram os adversários, dentro de campo se movimentaram e ele, mesmo assim, não percebeu. No papel, é sempre lindo. Maravilhoso. Mas na hora que o bola rola, meu amigo, a conversa é outra.
Campanha pífia. Ridícula.
Para dizer bem a verdade, nem merecia ter se classificado para as oitavas.

Para terminar.
Não entendi a negativa e a argumentação da CBF com relação ao pedido do Palmeiras que pretendia entrar em campo, no jogo contra o Grêmio, com o nome do atacante Alemão gravado nas camisas de todos os jogadores para homenageá-lo.
A justificativa foi: “de que a inscrição do nome poderia confundir os árbitros durante a partida no estádio Olímpico”.
Engraçado.
Até 1996, 97, não havia nome gravado nas camisas dos jogadores no Campeonato Brasileiro. Se me lembro bem, eles sempre foram identificados pelos números e eu nunca vi confusão por causa disso.
Vai entender...
De qualquer forma, o Palmeiras vai prestar alguma homenagem ao Alemão.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Parece que eu já vi esse filme

Eis-me aqui novamente.

Faz mais ou menos uma hora e meia que terminou o jogo entre Brasil e Uruguai pela semifinal da Copa América. E, de novo, assim como em 2004, deu Brasil. E, novamente, nos pênaltis: 5 a 4. Mas vou voltar um pouco no meu pensamento.
Antes de começar a partida, eu conversava com o meu pai a respeito da seleção e ele disse uma coisa para comprovar que o filme seria praticamente o mesmo de três anos atrás, quando a seleção também enfrentara o Uruguai e também vencera nas penalidades.

Comentou o meu bom pai: “o Dunga é discípulo do Parreira”.
Realmente, o Dunga deve ter aprendido muitas coisas sobre o futebol com o Parreira, já que foi o capitão do Brasil e era o homem de confiança do ex-técnico da seleção, na Copa de 1994.
Em 2004, fora Parreira quem comandara o escrete que derrotara os uruguaios, na Copa América. E agora foi a vez do “pequeno gafanhoto”, Dunga, repetir o feito. Mas tão bem repetido que chega parecer irônico! Coisas do futebol? Do destino? Não sei, talvez.
Quiçá quer o destino repetir o filme outra vez.

Mas o futebol apresentado pode ser divido em três tempos.
Primeira parte: até a queda de energia em uma das torres de iluminação, o Brasil jogava bem. Os jogadores estavam trocando de posição dentro de campo, envolvendo a defesa uruguaia. Tanto que o primeiro gol saiu de uma jogada muito bem trabalhada pelos jogadores Maicon, Júlio Baptista, Robinho, Vagner Love e Mineiro.

Veio o apagão.

Naquele momento, eu me lembrei de um jogo ocorrido aqui em Londrina, entre o Londrina Esporte Clube e o Galo Adap Maringá, pelo Campeonato Paranaense deste ano, onde acabou a energia no estádio. Antes da falta de luz, o Londrina vencia por 1 a 0. Reiniciada a partida, o LEC apagou dentro de campo e permitiu o empate da equipe maringaense.

Bom, treze minutos de paralisação no jogo da seleção contra o Uruguai.

A segunda parte recomeça e o arqueiro Doni começa trabalhar. Os uruguaios tentam uma, duas, três, quatro. Até que o “portiere della Roma”, em uma cobrança de escanteio, resolve sair para dar um murro na bola, enrosca-se com um defensor canarinho e a pelota sobre para Forlán guardá-la no fundo das redes. É o empate. Nem preciso dizer, mas já dizendo, que me recordei, de novo, do jogo entre Londrina e Galo Adap. Mas antes de terminar a segunda parte do primeiro tempo, o Brasil acha um gol em um lance de bola parada: 2 a 1. Aí desisti de vez de traçar um paralelo entre o jogo do LEC e do Galo, o jogo da seleção da CBF e do Uruguai e a queda de energia.

Terceira parte: o segundo tempo de jogo começa sem emoção alguma, continua sem qualidade, prossegue sem ousadia por parte dos jogadores da seleção e termina SEM MARCAÇÃO NO SEGUNDO PAU em cima do Abreu!
É, foi o gol de empate dos uruguaios.
Ali, já comecei a me preparar para os pênaltis, pois como disse meu pai: “o Dunga é discípulo do Parreira”.
O tempo vai passando e a partida persiste sem muita coisa.
E termina assim: sem mais nenhum gol: 2 a 2.

Nas penalidades, como já escrevi no início, o Brasil levou a melhor.
Mas se o filme parece ser o mesmo de 2004, só falta a Argentina ser a rival no domingo.
Se assim for, espero que o final seja o mesmo de três anos atrás.
Só que com um futebol de melhor qualidade, pelo amor de Deus!
Se bem que pedir isso ao “pequeno gafanhoto” é muito.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Dunga e seleção da CBF x futebol-arte

Voltei...

Estava cá eu lendo um TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) de 1995 do então graduando em Comunicação Social, Habilitação em Jornalismo, Luciano Victor Barros Maluly – hoje ele é doutor e professor na USP – a respeito da relação entre a arte e a força no futebol. Mais exatamente com o seguinte título: Relação arte e força no futebol: um conflito à brasileira na visão da crônica esportiva.
Fica aqui o meu agradecimento ao Profº. Drº. José de Arimathéia, que me cedeu gentilmente esse trabalho.

Ainda não terminei de lê-lo, mas não há como não ligar a relação, então bem descrita por Maluly em 1995, a atual Seleção da CBF. Sim, da CBF! Porque Seleção que entra pelas portas dos fundos de um hotel, para evitar os torcedores, que estão ali para receber os jogadores com admiração e carinho, não pode ser chamada de Seleção Brasileira e muito menos do povo! Nem culpo os jogadores por isso, porque eu quero crer (e espero não estar enganado) que eles receberam ordens para seguir esse roteiro.
Desculpe o desabafo, mas há certas atitudes dos cartolas que irritam.

Bom, mas retomando a linha de raciocínio.
A primeira fase da Copa América, que é disputada na Venezuela, foi um Deus nos acuda! Um futebolzinho que dava dor no coração e muito sono.
Ainda bem que o sofá estava confortável.
E tenho que admitir: a única Seleção que jogou algo semelhante ao que chamamos de futebol fora a Argentina. Sim, sim. O Brasil jogou bem contra o Chile, na vitória de 3 a 0. Mas só depois dos 20 minutos do segundo tempo. Antes, sem parafrasear o Galvão, mas já o fazendo, “Haja coração!”.

Mas e as quartas-de-final. Mata-mata. Viu como mudou?
4 a 1, 6 a 1, 6 a 0 e 4 a 0. Uma média de cinco gols por jogo!
O Brasil goleou e jogou bem, sim, é verdade. Mas cabe aqui uma pergunta. Aliás, duas: a seleção atuou bem por que os chilenos tomaram um gol no início e tiveram de sair para o jogo, deixando espaços para os brasileiros? Ou a real qualidade técnica dos jogadores da seleção da CBF se sobressaiu?
Prefiro acreditar na segunda hipótese.
Porém, mesmo assim, o digníssimo técnico, Dunga, ainda insiste com três volantes no escrete. Logicamente esses atletas sabem desempenhar as funções que lhes são impostas, mas é pena, porque vejo que a mentalidade do futebol-força, futebol-resultado, mesmo com atletas no banco de reservas de boa qualidade (Diego e Anderson), ainda persiste com alguns treinadores.
Que saudade do mestre Telê...

Logo mais, lá pelas 21h50, o Brasil enfrenta o Uruguai na primeira semifinal da competição. Tenho a convicção que não será um jogo fácil e não precisa ser nenhum vidente para prever isso. Mas eu quero deixar aqui um trecho que li no TCC do professor Maluly, onde ele cita Armando Nogueira, para que, quem sabe, os deuses do futebol permitam um pouco de arte na partida de hoje.

“Pois é, meninos, eu vi Pelé, Mané e Didi.
E com eles, aprendi que a bola é só um pretexto.
O que vale mesmo é o texto.
O que o artista elabora no campo, a cada gesto.
O que vale é só a arte.
Tudo o mais é só o resto”.

Teste!

Um, dois, três, testando!! Um, dois, três... Oi, oi, oi!!
Hum... Acho que está funcionando.
Bom, mais tarde eu volto para escrever alguma coisa.