quinta-feira, 13 de agosto de 2009

São Marcos?

Ma per favore!
Tudo bem, o goleiro Marcos faz a gente ficar incrédulo com MUITAS defesas. Porém, antes de ser um “Santo”, ele treina, pega firme nos treinos e já demonstrou a qualidade que tem. Bom, sobre o Marcos não preciso ficar tecendo excessivos comentários. A história dele como atleta o faz.
Mas sabe o que me deixa exaltado – para não dizer irritado – ? Que depois de um jogão, JOGAÇO!, como o de ontem, entre Atlético-MG e Palmeiras, os jornais prefiram manchetes como: “São Marcos novamente”, “São Marcos pega pênalti e SALVA (?) Palmeiras” etc. Eu sei que tais títulos são feitos para a venda, já que o arqueiro do alviverde tem carisma. E não só dos “tifosi” (torcedores) palmeirenses.
Quer saber de uma coisa? O Palmeiras, ontem, ENGOLIU o Galo! Sim, o time mineiro saiu na frente, teve a chance de fazer o segundo em um pênalti e criou oportunidades – à lá Roth (contra-ataques). Mas pegue a partida no todo. Analise. Não me venha com essa de que o time palestrino pressionou, mas quem teve as melhores chances foi o Atlético. Não, não e não.

Olha, o time mineiro merece todo o respeito, mas o Palmerias foi mais time e foi mais time (desculpem a repetição de palavras. Ela é proposital) por causa de um fator que há muito tempo não via pelos lados do Palestra: organização. Sim, foi ordenado. Metódico. Não de um modo frio e tocando a bola de lado.
Mostrou, além da organização, ímpeto somado à inteligência. Tomou um gol logo no início. Não se abateu e demonstrou que pode, SIM, ser campeão. É cedo para afirmar isso? Há ainda todo um segundo turno pela frente? Muita água passará por debaixo da ponte? O futebol é uma caixinha de supresa? Sim, sim, sim e sim.
Porém, é visível na postura da equipe “la voglia di vincere” (a vontade de vencer).

Por isso que escrevi no parágrafo acima que fico irritado com as manchetes. Poxa, foi um jogão, o resultado foi justo sim, mas se alguém tivesse de sair vencedor, este alguém, ou, melhor, esta equipe seria, sem dúvida, o Palmeiras. A manchete para mim? “Atlético e Palmeiras empatam em um JOGAÇO”.

Terça-feira escrevi que o Palmeiras venceria e que o jogo seria definido pelas alas. Laterais, como queiram. Moralmente, não errei o palpite. E os principais lances, tanto do Atlético-MG como do Palmeiras, aconteceram naquele setor. Essa é a minha visão, lógico.

E a seleção da CBF? Alguém viu o amistoso contra a Estônia? Bom, eu assisti. Madonna mia! O joguinho “sevigonhâ”!
Para (do verbo parar), né, gente. Uma palavra para definir o encontro? Pífio.
1 a 0 para o selecionado da CBF. Sinceramente, o Brasil, o futebol brasileiro, não precisa mais desse tipo de amistoso.
Dia cinco de setembro é contra a Argentina, pelas eliminatórias para a Copa. E o confronto é lá.

Vídeo e tradução de hoje.
Canção de Ligabue que tem o título “Una vita da mediano”, isto é, “A vida de um volante (jogador de meio-de-campo – por isso o termo mediano)”. A música é uma metáfora, usada no sentido do futebol, mas que pode ser transferida ao dia-a-dia de muitos.

A vida de um volante
(Una vita da mediano – Ligaube)

(
www.youtube.com/watch?v=p_3KRa1I_DE)

A vida de um volante
Recuperando as bolas
Nascido sem talento
Trabalhar com os pulmões
A vida de um volante
Com funções específicas
A cobrir certas zonas
E jogar com generosidade
Ali
Sempre ali
Ali no meio
Até que quando puder estar ali.

A vida de um volante
É de quem assinala sempre pouco
Que a bola deve dar
A quem finaliza o jogo
A vida de um volante
Que qualidade não te deu
Nem a agilidade do ponta
Nem do 10 que pecado
Ali
Sempre ali
Ali no meio
Até quando puder estar ali.

Está ali
Sempre ali
Ali no meio
Até quando puder
Até quando puder
Está ali.

A vida de um volante
É de quem se esforça cedo
Porque quando se dedica demais
Precisa ir e ficar de guarda.

A vida de um volante
Trabalhando como Oriali
Anos de esforço e pancadas e
Vença, talvez, os mundiais.

Ali
Sempre ali
Ali no meio
Até quando puder estar ali
Está ali
Sempre ali
Ali no meio
Até quando puder
Até quando puder
Está ali.

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