sexta-feira, 24 de julho de 2009

Buon fine settimana

Mamma mia, o friozinho continua pelas bandas de cá.
O sol até deu as caras (se é que ele tem uma), mas nada de esquentar muito.
Bom, mas a parte esse tempinho bom para ficar em casa, quando possível, e tomar um sopa de legumes e um vinho, estou passando por aqui para deixar um desejo de bom final de semana a todos e, claro, mais um link de um vídeo e a tradução de uma música italiana.
Eu, particularmente, gosto muito dessa.

Ci parliamo lunedì.

Hoje sou eu.
(Oggi sono io - Alex Britti)


(www.youtube.com/watch?v=d0vr-PeGtQk)

E não sei porque o que quero te dizer escrevo em uma canção
Não sei nem mesmo se você vai escutar ou se será uma outra ilusão
Se as palavras fossem uma música, poderia tocar horas e horas e te dizer tudo sobre mim
Mas quando eu te vejo há alguma coisa me trava e não consigo nem te dizer: “como está?”
“Como você fica linda com aquela calça escura, como está linda hoje!”

Como não queria dizer aquelas frases já repetidas mil vezes e estragar tudo
Como queria poder falar sem me preocupar, sem aquela sensação que não me deixa dizer
“Que gosto de você”, mesmo que não tenha dito.
Porque é errado fazer, só para te levar para a cama
E não ligo se precisarei esperar ainda só para te dizer finalmente uma palavra
Mas será mais doce do que posso. Como o mar. Como o amor. Finalmente tomo coragem.

E assim nesta noite que já termina e não sei ainda como você se sente
Não sei também se vou te ver novamente ou se será uma outra inútil ocasião
E amanhã te vejo novamente
Gosto tanto de você, nem se não te disse, porque é errado fazer só para te levar para a cama.
Não me importa se ainda não aconteceu. Vou esperar o momento e não será só uma vez.

Mas espero mais do que posso e que não seja só sexo
Porque prefiro ficar aqui sozinho, do que com uma companhia de mentira
E se de verdade voarei, espero que seja por um amor verdadeiro
E não sei se será você ou talvez você seja só uma ilusão
Mas está noite acordo, penso em ti e escrevo uma canção
Doce como o mar, como o amor e desta vez tomo coragem e me apresento
Hoje sou eu.

Parecia europa

Juro que ontem pensei estar na europa novamente, andando pelo centro de Florianópolis.
Sim, existem prédios antigos e ruas as quais lembram o velho continente, mas não foi essa a razão.
Imagine a cena: chuva, vento gelado “cortando” a pele, poças d’água e os relógios do calçadão assinalando DEZ GRAUS!
Sem contar que a “brisa” ajuda a abaixar a temperatura.
Olha, posso estar errado, mas a sensação térmica era de, no máximo, seis graus.
Pow, Guaita, tu reclamas, hein! Eu? Queixando-me? Ma va...
É só um comentário de como fazia um friozinho considerável na capital de Santa Catarina.

Falando de futebol.
O Palestra perdeu para doze.
“Ciccio”, o senhor Roman inventou um pênalti para o Goiás, que pela madrugada!
Com relação ao segundo gol, sobre um possível impedimento, não questiono. Um lance difícil.
Porém, não foi pênalti e ponto!
Ainda sobre o alviverde. Muricy vem aí.
Parte da imprensa ficou, digamos, “chateada” pela não efetivação do Jorginho no cargo.
Pow, pera lá! Se o presidente Belluzzo e a diretoria deixam o Jorginho no cargo e o Palmeiras começa a perder, o que diria a imprensa?
É, ele ainda não estava pronto. Errou o Palmeiras. Deveria ter trocado antes. Faltou experiência no comando. Blá, blá, blá e blá.
Jorginho mostrou que tem qualidades, permanecerá na comissão do Muricy e o Palmeiras acerta em trazer um treinador de peso – embora ache um absurdo o salário divulgado pelos jornais (500 mil).
Outra coisa.
Senhor Luciano do Valle, antes de começar a partida, disse que alguns torcedores do Palmeiras acham feia a camisa do time com a listra vermelha na manga. Respeito a opinião, mas, GRAÇAS A DEUS, ainda conservam a história de um time que foi OBRIGADO a trocar de nome e, com a listra vermelha criticada, presta uma JUSTA homenagem às cores da bandeira italiana, pois foi daí que surgiu o Palmeiras.
E o passado, a gente não esquece! A gente preserva para as futuras geraçôes!

A respeito de passado, preservar e futuras gerações, estou lendo o livro “Italianos no novo mundo” dos autores: Antonio Sérgio Palú Filho e Susete Moletta.
Estou no início ainda, mas é uma publicação que vale a pena a quem gosta de genealogia e, princpalmente, história da imigração italiana. Além disso, fizeram um resgate da história da família que deixa a gente com aquela inveja boa e, enquanto vou lendo, digo a mim mesmo: ainda farei o mesmo!
Parabéns aos dois.

Va bane, ragazzi.
É isso. Deixo, mais uma vez, um link de um vídeo de uma música italiana e a tradução.
Abbraccio a tutti.

Como precisa ser
(Come deve andare – 883 – álbum 1 in +)


(www.youtube.com/watch?v=11epxBBgTvc)

Eram as férias de Natal
do ano daquele frio insuportável
o meu peugeot con o gelo arrancava
falhava um pouco, partia e parava
me superara um com fifty negro
eu vira que ria tenho certeza
seja de mim que do meu peugeot
assim eu tornara a casa um pouco humilhado
com o gelo que como prego havia entrado
na profundidade do meu orgulho ferido
é então que do nada realizei
o risco de passar a minha vida
em cima de um peugeot que arrancava na subida
enquanto um com o fifty te ultrapassa, ri e vai.

E tudo vai como precisa ser
ou pelo menos assim dizem
e tudo vai como precisa ser
ou pelo menos assim eu desejo.

Fora embora os tempos das maçãs
e chegara o inferno das pêras
amigos que não veria mais
atingidos lá levados na refeição
a uma realidade qua alguns anos depois
teria já recebido o tributo
sozinha ou com as quatro cartas mágicas
e havia aqueles já organizados
em sociedades temidos e respeitados
olhavam com nojo evidente
pessoas com as quais haviam vivido
não era mais tempo de falar
com gente que era assim inferior
rindo de um peugeot na subida que não aguenta.

E tudo vai como precisa ser
ou pelo menos assim dizem
e tudo vai como precisa ser
ou pelo menos assim eu desejo.

E estamos aqui à beira de uma estrada
que sobe, inclinada e acabada
chamam-na de idade da razão
passam lá milhares de pessoa
seu espero de poder fazê-la tod
aolhar para baixo quando chegar lá em cima
mesmo arrancando como aquele velho peugeot.

E tudo vai como precisa ser
ou pelo menos assim dizem
e tudo vai como precisa ser
ou pelo menos assim eu desejo.
E tudo vai como precisa ser
ou pelo menos assim dizem
e tudo vai como precisa ser
ou pelo menos assim eu desejo.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Agora, sim, no Brasil

CAZZAROLA!

Foi a primeira palavra que me veio em mente quando vi a data da minha última postagem. Fiquem tranquilos, pois não é nenhum palavrão. Eu sei, alguns podem me dizer que o termo é utilizado para não proferir um, mas volta a afirmar: “não é e ponto”.
Olha só a definição do vocábulo no dicionário Garzanti: “Usado para não dizer ‘Cazzo’ (este, sim, é), como expressão de estupor e maravilha”. Traçando um paralelo com o português, seria o nosso “Caramba!”.

Bom, voltei ao Brasil, a Florianópolis, junto da minha família e vou procurar contar aos poucos e, resumidamente, o que ocorreu de novembro a março – meus últimos meses na Itália.
Porém, acredito que uma pergunta caiba neste espaço: “Guaita, como foi morar na Itália durante, praticamente, um ano”?
Uma resposta rápida? Hum... Ok. “Não me arrependo, faria tudo de novo e, apesar de parecer um jargão (é, sabe aquelas coisas que jogador de futebol diz quando acaba o jogo: ‘foi uma partida difícil, mas o que vale são os três pontos’), valeu e MUITO a experiência”.

Cheguei ao Brasil em março e trouxe junto, além de minha cidadania italiana reconhecida, momentos e pessoas (os)as quais permanecerão para sempre em meu coração. Dos momentos, posso citar a minha viagem a terra de meus antepassados.
Estive em San Benedetto Po (meu bisnonno nascera lá) e Moglia (nessa cidade meu bisnonno vivera até seus sete, oito anos antes de vir ao Brasil e onde meu trisnonno nascera). Para conhecer a região, fui recebido, na cidade de Pegognaga, por Franco, Grazia e família.
Quem são eles?
Franco, provavelmente, é um primo distante. Falta encontrarmos um documento para comprovar nosso parentesco, mas nem por isso fui tratado de forma diferente. Ele, a esposa e os filhos me receberam muito bem. Levaram-me para vários lugares e me deram uma aula de história sobre Mantova e os Gonzaga.
Também avancei nas minhas pesquisas genealógicas. Contarei em outra oportunidade.

Falando das pessoas, quatro são especiais. Senhor Alessandro e senhora Beatriz, que me hospedaram durante o tempo que estive na Itália. Minha amiga, Nubia, e o marido, Holger, pois se não fossem eles eu jamais teria conhecido o senhor Alessandro e a senhora Beatriz.
Espero, um dia, poder retribuir um pouco de tudo o que vocês fizeram por mim.

Por enquanto é isso.
No mais, deixo a tradução de uma música do Ligabue e o link para o vídeo no youtube.
Un saluto a tutti.

http://www.youtube.com/watch?v=Qkb5QTzEBOw

Coloque no grupo o teu amor.
(Metti in circolo il tuo amore – Ligabue, Giro d’Italia CD2)


Você procurou entender
e ainda não entendeu
pois de entender não se termina nunca.
Você tentou fazer entender
com toda a tua voz
mesmo só un pouco daquilo que é.

Com a raiva aqui se nasce
ou aqui se torna
e você que é um especialista não sabe.
Porque aquilo que te divide
te faz fora e dentro
talvez parta exatamente de quem você é.

Coloque no grupo o teu amor
como quando diz “por que não”?
Coloque no grupo o teu amor
como quando afirma “não sei”
como quando diz “por que não”?

Quantas vidas não entende
portanto não tolera
porque te parece que não entendem você.
Quantos tipos de peixes
e de correntes fortes
porque este mar é como você quer.

Coloque no grupo o teu amor
como faz com uma novidade
Coloque no grupo o teu amor
como quando diz “veremos”
como faz com uma novidade.

E você está do outro lado da onda
E é ali que entendeu
que mais você se opõem e mais te puxa para baixo.
E se sente em uma festa
a qual não tem o convite
por isso agora os convites você os faz.

Coloque no grupo o teu amor
como quando diz “por que não”?
Coloque no grupo o teu amor
como quando afirma “não sei”
como quando diz “por que não”?