terça-feira, 11 de agosto de 2009

46

- Boa tarde.
- Boa tarde.
- Por favor, gostaria de experimentar aquele ali e aquele outro.
- Qual? O branco com listra azul?
- Isso. E aquele logo acima.
- Pois não.
- Qual a forma de pagamento de vocês?
- Ah, a gente faz no cartão em até sete vezes sem juros e no cartão da loja em até dez.
- Não tem mais um chorinho?
- Não, senhor.
- Ok.
- Mas qualquer coisa podemos falar com o gerente.
- Ah, sim, agradeço.
- Então, senhor, é aquele branco de listra azul e o que está acima dele, correto?
- Exato!
- Qual o número, senhor?
- 46.

Bom, deixa eu parar. Mas quem tem o pé um pouco maior do que o normal já deve saber o final desse diálogo. E quem não tem – sorte a tua!
Por quê?
Porque dificilmente você encontraria calçados acima do número 44 com facilidade.
Esse diálogo descrito acima foi o primeiro que tive com um vendedor aqui em Florianópolis. Cheguei na maior fé, achando que acabariam meus problemas para encontrar um tênis do meu número já que na cidade há várias pessoas altas e que, certamente, passam pelo mesmo.
Em outras palavras: há mercado.
Porém, quando falei o número, o vendedor só não começou a rir na minha cara por educação – mas aquele sorriso de cantinho de boca ele fez. Maledetto!
Tomara que teu filho venha ao mundo com o pé de número 50! desejei naquele momento.
Pow, que culpa temos nós, pés grandes!? Não somos consumidores e gente como qualquer outra pessoa?
Continuação da conversa:

- 46, senhor?
- Sim, 46.
- Pausa do vendedor com aquele sorriso no cantinho da boca.
- Olha, senhor, eu vou dar uma olhada lá em cima, mas creio que não ter esse número.
- Pois não, eu aguardo (me lembrando das dificuldade que já tive para encontrar um).
- Senhor, realmente, não tenho. O maior que possuo é o 44.
- Hum... Ok. Você sabe de alguma loja que possa ter numeração maior?
- Dê uma passadinha na loja XXXXXXXX. Lá deve ter.
- Ok, muito obrigado e boa tarde.
- Boa tarde, senhor.

Você acha que encontrei nesse outro local? N-Ã-O! A conversa não foi a mesma. Mudei de tática. Fui logo perguntando se tinham o número 46. E me devolveram na lata: NÃO!
Fui embora, lógico.
Andei, andei, andei e andei. Só 44 e 44.
Quando encontrei um, por incrível que pareça, era 48! Sem condições.
Lembrei de todas as andanças anteriores para encontrar um tênis. Sempre a mesma novela.
No final das contas, encontrei um 46. Paguei um preço bem salgado, mas não tinha saída. Era aquele ou nada.
E antes que você me pergunte: 45 também não serve.
É, se você tem pé grande – isso na visão das lojas e fábricas – você está de certa forma fora de uma realidade comercial deles. Paciência.

Bene, bene. Amanhã jogo do Palestra contra o Atlético-MG. Posso usar um jargão? Aliás. Um não. Dois.
Vai ganhar quem errar menos e a equipe que souber aproveitar os erros do adversário. Blá, blá, blá. Dá na mesma, né? Vamos para uma coisa mais clara.
O jogo pelas laterais vai decidir o confronto.
E há também a partida entre a Seleção da CBF e a Estônia.
Sim, E-S-T-Ô-N-I-A. Fica perto da Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia.
Lá vai o aviãozinho caça-níquel da CBF...
Palpites: Palmeiras e, mais do que óbvio, Brasil.

L’amore e basta é a tradução de hoje.
É da cantora Giusy Ferreri com a participação de Tiziano Ferro.

Amor e basta
(L’amore e basta - Giusy Ferreri e Tiziano Ferro)

(
www.youtube.com/watch?v=ICKDeVz2BR4)

Não quero ser uma rebelde
Não quero convencer a todos
Que cresci mais
Nos últimos meses do que nos últimos anos.

Não quero ser obrigada a olhar para o céu
Para depois sentir uma parte dele
Não quero nem estrelas nem quem
Para ser estrela se resguarda.

E a minha história só eu sei
E junto de quem me amou de verdade
E que junto a mim preparou
A minha bagagem e me olhou
Dizendo você vai, não se sinta sozinha
Que estarei sempre contigo
E se quiser se sinta cansada
Você merece, às vezes, meu amor.

E cada resposta só eu sei
E não mudarei com o tempo que passa
E enquanto me perdo pensando no
Amor e basta.

E isso me lembra quem sou eu
E desafio a vida sempre com a cabeça baixa
Porque para mim conta só
Amor e basta.

Mudo?

Talvéz...

Bela?

Sempre.

Não
Bela para você
Que te vejo já belo eu
Que me sinto morrer.

Mesmo se me feche as portas.

Às vezes.

Mesmo se estou sozinha e longe.

Às vezes.

Que quando estou no hotel
Sou menos minha e mais da sorte.

E escreverei uma carta terrível
Mas se leverá dentro uma cruz
Não a conserve em silêncio na alma amor
Grite.

E cada resposta só eu sei
E não mudarei com o tempo que passa
E enquanto me perdo pensando no
Amor e basta.

E isso me lembra quem sou eu
E desafio a vida sempre com a cabeça baixa
Porque para mim conta só
Amor e basta.

E cada lembrança só eu sei
E para mim você não é o primeiro que passa
Porque para mim você é só o meu
Amor e basta.

E os meus erros só eu os conheço
Mesmo se ainda um traço fique
Em frente a todos para ti sou o teu
Amor e basta.

Roubo palavras das pessoas
Grito palavras à toa
Mas não deixe que a minha vida para você
Torne-se um peso.

E cada resposta só eu sei
E não mudarei com o tempo que passa
E enquanto me perdo pensando no
Amor e basta.

E isso me lembra quem sou eu
E desafio a vida sempre com a cabeça baixa
Porque para mim conta só
Amor e basta.

E cada lembrança só eu sei
E para mim você não é o primeiro que passa
Porque para mim você é só o meu
Amor e basta.

E os meus erros só eu os conheço
Mesmo se ainda um traço fique
Em frente a todos para ti sou o teu
Amor e basta.

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